*Alessio Canonice é de Ibirá e colabora com este jornal – alessio.canonice@bol.com.br
Como é sabido de todos que têm acesso à mídia, as reformas da Previdência e da lei trabalhista estão sendo um dos assuntos mais polêmicos que se tem conhecimento e que vêm encontrando algumas resistências por parte dos deputados contrários às intenções do governo.
Poderão até ser aprovadas, após alterados alguns pontos, mormente da Previdência, mas tudo leva a crer as dificuldades de aprovação, à vista das discussões em plenário, que serão certas e o tempo vai passando sem definição.
A proposta de reforma da Previdência Social, encaminhada pelo governo em 05/12/2016, para ser apreciada pelo Congresso Nacional, pretende, entre outros aspectos, alterar radicalmente as condições de acesso à aposentadoria e que vem despertando a atenção da opinião pública.
A mídia em geral e os comentaristas de vários órgãos informativos têm dado atenção ao fato de estar sendo proposto que a aposentadoria, tanto para homem como mulher, seja somente concedida aos 65 anos e mediante um período mínimo de contribuição de 25 anos.
Da mesma forma, muito se tem comentado sobre os valores dos benefícios a serem pagos de aposentadoria e pensão, acrescentando a este fato que o texto de reforma é analisado alguns dos tópicos tratados pela proposta de reforma. Seu objetivo, afinal, é tão somente chamar a atenção para alguns desdobramentos do que está sendo proposto.
A introdução da idade mínima de 65 anos sem distinção entre homens e mulheres e entre urbanos e rurais,a exigência é de um período mínimo de 25 anos de contribuição como critério de acesso à aposentadoria é uma grande mudança como se fosse um choque de descontentamento de classes.
Os técnicos do setor competente que elaboraram a reforma da Previdência fizeram com que se equiparasse ao sistema previdenciário de França, onde a idade mínima de acesso à aposentadoria é de 65 anos. Com esta medida penaliza os milhares que estão para se aposentar.
Há de se acrescentar que lá, em França, a história é diferente: iniciaram a trilhar o caminho certo no entender deles, ao contrário do Brasil, que iniciaram o caminho tortuoso em alguns aspectos e agora fica difícil aos milhares que estão próximos a entrarem com requerimento de aposentadoria.
A impopularidade do governo Temer é majoritária como tem sinalizado as pesquisas de opinião pública, portanto, suas propostas encontrarão barreiras, tanto na Câmara quanto no Senado Federal e, por mais que Temer insista nas reformas, tanto previdenciária quanto trabalhista, poucos acreditam no sucesso de aprovação e de se tornarem realidade.
A unidade da classe trabalhadora e da juventude contra a reforma da Previdência é a condição básica da maioria da população contra a reforma e é possível uma mobilização como uma das alternativas para barrar as intenções do governo, que não vêm ao encontro do desejo da sociedade e muito menos da comunidade em sua totalidade.
É bem provável que campanhas e mais campanhas sejam instrumento a ser usado, através da televisão e dos jornais, conclamando o Congresso Nacional à aprovação desse intento do Poder Central.
Quanto à reforma trabalhista, com a possibilidade de 12 horas, que compreendem a jornada de trabalho está na pauta desse evento, desde que venha a se tornar realidade por meio dos dispositivos legais e constitucionais.
Enfim, tudo gira em torno de expectativa e de poucas chances de aprovação, porém, nada é impossível, dependendo de acordo de cavalheiros entre os parlamentares e que não se constitui em novidade para ninguém.