Fato interessante acontece com todos. Todo dia cada um de nós leva em nosso interior uma outra pessoa totalmente desconhecida. É líquido e certo que tem o nosso nome. Também não se pode duvidar das suas loucuras. Você deve estar imaginando como podemos ter ‘um outro eu’ dentro de nós. E temos. Temos sim. Podemos até afirmar que na maioria das vezes não nos ouvem e nem nos respeitam. Atropelam nossas consciências e ditam as palavras e gestos primeiro. Sabe quando você se arrepende das barbáries que fez ou que falou? Pois é, foi ele quem disse no seu lugar.
Aí, quando conversa consigo mesmo, numa espécie de colóquio entre uma só pessoa, levemente relembra: caramba, eu disse isso a minha mãe? Eu respondi isso ao meu pai? Eu retruquei essas palavras quando na escola o professor me dizia coisas sérias, éticas e cívicas? Eu não acredito que tenha feito isso. Foi você mesmo, mas é melhor e mais prático aceitar que foi o ‘outro’ que permanece dentro de você. Eu nunca menti, como posso admitir que enganei alguém? Mentiu sim, em alto e bom tom. Tanto, que até uma manchete jornalística publicou isso, você não leu? Eu li “A Cidade” dia desses e deparei com manchetes interessantíssimas. Uma delas dizia que o governante que saiu deixou a bagatela de R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões) em caixa.
Nossa!!! Tudo isso? Então as pessoas que reclamavam de atendimento médico nos postos de saúde porque não havia médicos por falta de verbas estavam mentindo? Foram elas inescrupulosas, sem respeito e sem capacidade de ver que o médico havia saído um pouquinho, talvez ido ao banheiro? O atendimento nas creches que não tem sido coisa de primeiro mundo como dizem por aí, com esse dinheiro em caixa? Aliás, tem parecido que nossa cidade (que eu amo tanto) na velocidade do progresso que seus administradores dizem que possui, deverá ser, com certeza, a próxima sede da ONU (Organização das Nações Unidas). Tomara.
Eu imagino que dessa sobra de dinheiro muita coisa deveria ter sido feita. Dinheiro arrecadado do povo é para ser gastado em benefício do povo e não ficar dormindo nos cofres públicos ou usado para manchetes jornalísticas declaradamente políticas ou eleitoreiras talvez. Por que não se usou para melhorar a praça frente a Matriz? Somos Diocese e aquele local continua uma porcaria. (me perdoe os porcos). Ah... não precisa enfeitar só em frente a Matriz não, as outras Igrejas também merecem o mesmo respeito porque todos os seus membros são também pagadores de impostos. Será que foi ‘o outro’ que achou melhor deixar dinheiro em caixa do que aplicar em benefício da sociedade? Há quanto tempo eu leio que a Estrada do 27 vai ser colocada à disposição da municipalidade! Será ‘o outro’ falando? Há quanto tempo eu ouço que o Shopping vai ficar pronto... ‘o outro’ de novo? Esses fatos já fizeram mais de um aniversário hein? Bem, mudemos de assunto. Vamos acampar numa nova manchete: e novamente o nosso matutino (eta jornal linguarudo) publica uma renúncia do não pagamento do 14º salário aos funcionários públicos (tão esperado, por sinal) e no outro dia alega sem efeito tal decisão. (ainda bem, disseram eles). Eta! ‘outro eu’, que não para de meter o bico no meio do que não lhe pertence.
Outro comentário diz da dispensa de 212 funcionários públicos municipais. Nossa!!! Tinha tanta gente ganhando dos cofres púbicos e pouco fazendo a ponto de poderem ser dispensadas? Quanto dinheiro no ralo, não? Poderia ter sobrado muito mais de dezoito milhões no caixa então! Será que não é ‘o outro’ falando de novo? Caramba... Acho que será preciso alimentar menos esse ‘outro eu’ senão ele vai acabar ficando mais forte e mais importante que a própria criatura. Bem, o que eu queria dizer mesmo nesta mensagem de início de ano é que é preciso tomar cuidado na hora de dizer coisas ao povo porque o povo já não aguenta mais promessas e balelas. Vamos torcer para que esta nova administração seja nova mesmo, séria e autêntica como propõe o seu dirigente. Esse tem passado político para ser respeitado e que nosso povo seja feliz nesses próximos 4 anos e que se valer a pena por que não mais 4, já que a moda pegou?