Semana passada cometi uma gafe e, felizmente, ninguém criticou. Repeti, sem querer, lógico, um parágrafo e, ainda bem, ficou meio enquadrado no contexto.
Esse começo de ano tem sido tomado pelas horríveis notícias dos presídios de Manaus e Boa Vista. As pessoas que estavam enclausuradas para pagarem por erros cometidos erraram ainda mais e, conforme notícias da imprensa, eliminaram a vida de outros presos. Péssimo exemplo para os jovens e as crianças que assistem os noticiários. Que tipo de comportamento muitos deles terão no futuro? Pregar que os governos devem agir com rigor abre espaços para desatinos. Alguém já dizia: “da força à injustiça há só um passo”. Sei lá, esse negócio de aprisionamento é assunto para especialistas e, esperemos que encontrem boas soluções. Enquanto isso, fiquemos com o pensamento do Victor Hugo: “Até que o sol não brilhe acendamos uma vela na escuridão”.
Por conta de episódios, como esses das prisões, penso que cabe a todos nós fazermos ver aos mais jovens que uma atitude muito preciosa é o bom comportamento. O sentimento humano e o respeito ao semelhante precisa estar presente na mente das pessoas. A vida em comunidade demanda responsabilidades e impõem limites, afinal não somos animais.
Ensinar aos jovens que o aprendizado é um dos maiores tesouros que se pode adquirir, fazê-los entender que apenas através do trabalho honesto alguém consegue qualidade de vida e que nada acontece de um dia para o outro, pois, só assim a pessoa saberá dar valor ao que conseguir e, também, que ninguém deve se desqualificar como pessoa de bem para se enriquecer, não vale a pena. Confúcio já dizia há mais de dois mil anos: “ Aquele que estima o ouro mais do que a virtude, há de perder a ambos”.
Vivemos uma época em que a pregação do bom comportamento, ou seja, atitudes educadas, decentes e honestas deveria ser forte objetivo de governos, religiões, famílias e escolas.
Aqueles que abusam dos poderes oferecendo maus exemplos devem ser penalizados e, realmente, ficarem trancafiados mesmo que possam ficar em presídios tão perigosos como os citados acima, ou outros mais. A população não pode ficar à mercê de administrações que não preparam o futuro, não cuidam do presente e apenas se preocupam em instalar aliados em carguinhos.
Uma nação é feita de valores, precisa ser forte e preparada para cuidar dos bons cidadãos e não pode ficar entregue a um punhado de “interesseiros”.
Mesmo os EUA, com todo o poder e riqueza que possuem, sofrem com alguns infelizes que ficam atirando a esmo e matando outros seres humanos. Chego a pensar que o mundo está precisando de grandes lições de humanidade e comportamento e, principalmente, humildade.
É possível que com tudo que está acontecendo, em algum momento, sabe-se lá quando, a população mundial vai encontrar um ponto de equilíbrio, caso contrário, sem dúvida, a vaca vai pro brejo e, também, muitos terão aprendido bons comportamentos para não serem alijados do convívio geral, até porque, como alguém já escreveu séculos passados: “quem poupa o lobo sacrifica a ovelha...”. Um assunto para se pensar, destituído de barbarismo e, vejam bem, as ovelhas são as boas pessoas. No caso de pessoas instruídas e educadas, em uma democracia, os lobos devem ser eliminados no voto.