Muitos criticam, por xenofobia, aquele Presidente americano que disse: “não pergunte o que seu pais pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu pais”. E, vejam só alguma coisa que encontrei na internet sobre isto: -“Já estamos fazendo, pagamos a conta. E que conta!” ou, -“O povo brasileiro pode e deve fazer muito pelo país mesmo. Um bom começo seria começar a reivindicar as promessas que nossos governantes fizeram durante a campanha para se elegerem”, ou -“É utópico pensarmos que os governantes farão tudo. É ilusão acreditarmos que meia dúzia de pessoas poderá trabalhar sozinha em prol de quase 200 milhões. E o pior, é a nossa comodidade em acreditar que isso ou aquilo não é problema nosso quando, na verdade, se não é bom para o Brasil, não será bom para os brasileiros”. Pois é, existem muitas formas de pensar sobre a frase inicial, porém, que a mesma é interessante isto não deixa duvida. E, como sempre escrevo por aqui, se não podemos interferir nas decisões sobre o pais podemos fazer isto em nossa cidade que, se bem feito, poderá ajudar o próprio pais. Por isso baixemos a bola e nos concentremos na nossa Votuporanga e na nossa região de influencia.
No próximo ano a cidade completa 75 anos. Muitas historias que admiramos, e até conhecemos os nomes dos personagens, tem mais de 4000 anos. Somos novinhos perto disto, fizemos uma cidade admirável em sete décadas enquanto em muitas partes deste mundão, em quarenta séculos, nem parar de brigar os caras conseguiram ainda.
Continuo insistindo nesse tipo de comentário porque estou convicto que se nossa comunidade entender o que já conquistou e respeitar os limites a vida ficará sempre mais fácil para todos. É importante que antes de reclamar verifiquemos se milhares de outras de nosso pais não estão em situação inferior a nossa e se, de alguma forma, contribuímos para que pudéssemos atingir o estagio atual. E, tem mais, essa contribuição não precisa ter sido material, mesmo porque muitos não possuem esta condição, porém, no mínimo educada, agradecida e que possa entusiasmar aqueles que acumulam as responsabilidades.
Não é possível que enquanto muitos tentam avançar, construir, melhorar as condições de vida locais e nacionais, alguns tantos, que entoam o hino nacional de peito aberto quando o time vai jogar, vandalizam ou fraudam o patrimônio público, chutam portas de hospitais, corrompem ou são corrompidos. É assim mesmo que todos assistimos “coisas” na cidade e no pais. Alguns, de importantes a infelizes, antes de procurar serem úteis, mostram-se inúteis e predadores. Algumas pessoas sentem-se realizadas quando partem para a critica desmesurada sem possuírem o mínimo conhecimento do que falam, ou pior, falam por falar. Outras, mais preocupadas com seu corporativismo tornam-se uma cobra quando verdades ou realidades sobre seu “terreiro” são explicitadas. Muito bem, e quando é que esses vão participar do esforço geral, mesmo porque não é preciso ser rico, ter talão de cheque recheado para isto, é preciso, isto sim, possuir educação comunitária.
Não estou escrevendo este artigo pensando em ninguém e, sinceramente, faço votos que não apareça ninguém para vestir carapuça, pois, afinal, moramos em Votuporanga, uma cidade iniciada com os melhores propósitos de união e esforços. Estou escrevendo para que se, em algum momento, alguns de nós ainda não entendemos determinadas situações, procuremos informações e se entendermos necessário que, em algum lugar, alguma coisa deva mudar façamos as sugestões que acharmos conveniente. De minha parte faço isto e, por isto, não fico reclamando a torto e direito.
Estamos em dezembro, final de ano, época de festas, véspera de um novo ano, numa cidade plena de realizações e esperando, com certeza e direito, muitas outras. Assim, continuemos com o estado de espírito que sempre tivemos, que foi construído em bases firmes por homens e mulheres corajosas no nosso passado, e encantemos o Brasil com nosso arrojo e entusiasmo. Assim estaremos contribuindo para o país.
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados