Sempre entendi que a generosidade devia ser uma virtude nata nos seres humanos. Infelizmente não é assim que acontece. Com sete milhões de computadores químicos ambulantes pelo mundo fica difícil saber o que vai no “disco rígido” de cada um. Existe de Hitler a Madre Tereza de Calcutá. Existem os bem e os pessimamente programados, portanto, muito cuidado para criticá-los ou combatê-los, pois, todos terão argumentos justificadores. Buda já dizia:” O que somos é consequência do que pensamos”, e, também:” Não se combate ódio com ódio, mas sim com amor”.
Iniciei assim porque tenho lido com muita tristeza os comentários que alguns fazem sobre a doença do Lula. Mesmo que alguns não gostemos de tudo que ele fez, nada justifica não sermos solidários no momento de suas dificuldades de saúde, afinal ele é um ser humano. Será que generosidade é uma coisa tão difícil assim? Afinal para que muitas pessoas dizem ser religiosas, ou tem alguma religião que ensina coisas diferentes da generosidade? E, tem mais, o que penso, a grandeza do ser humano está diretamente ligada a sua capacidade de ser generoso. Por isso, meu ilustre leitor, se você conhece alguém que esteja vilipendiando sobre a dor alheia, no caso a do Lula, induza delicadamente a pessoa para que mude o comportamento e, lembre-a, cruelmente, amanhã pode ser ela a passar por esses percalços.
Quanto ao ex-Presidente estar sendo tratado fora do SUS, sorte dele poder fazer isto, pois, muitas coisas acontecem com mais rapidez e, talvez, ele até possa dizer à atual mandatária que os governos, estadual e federal, devem prestar mais atenção as necessidades de saúde. Que devem acudir os hospitais com mais agilidade e que não se pode jogar o peso dessa responsabilidade nas costas de algumas dezenas de pessoas, cidade após cidade, desse pais. Ou alguém pensa que, no caso, a nossa Santa Casa vive em mar de rosas financeiramente?
Mas, virando um pouco a pagina de coisas tristes vamos a algumas que lembrei esta semana, isto mesmo, lembranças interessantes e sem conotação de lado político. Lembranças das pessoas e suas lutas.
O Luizinho de Haro que foi Prefeito ainda muito novo, como esta sendo o Juninho e como foi o Dalvo, se tiver, la de cima, alguma forma de olhar aqui para baixo vai verificar, que a luta que travou junto do Rames e de outros, pela industrialização da cidade, deu bons frutos. O seu Nabuco, que se orgulhava por ter iniciado o asfalto na cidade deve estar feliz por vê-la cem por cento assim e, também, junto do Prof. Marzocchi, pelo ajardinamento da Rua Amazonas. O Dalvo, que esta vivinho entre nós e ainda dando bons palpites, deve estar se deliciando por ver que as Avenidas, que abriu visionariamente quarenta anos atrás, são de extrema utilidade nesses tempos modernos. O João Nucci, também, mais vivo que nunca, deve vibrar cada vez que lembra da Saev, essa empresa exemplar, que existe, fundamentalmente, porque como Prefeito ele soube dizer um não muito forte a sua encampação. O João Leite quando olha aqui para baixo deve admirar o tamanho da cidade e se sentir muito bem por ter tido a coragem de administrá-la quando ela ainda não era “nada”. O Mario e o Atilio, que também estão entre nós, sabem que a expansão da cidade provocada pelo pai e as obras de entorno conseguidas na gestão do filho, facilitam o nosso progresso. Quanto ao Pedrão ele ainda está ajudando na administração e muitas de suas idéias e obras, sem duvida, se mostraram muito uteis, bastando lembrar da Rodoviária. O nosso amigo Carlão alçou novos vôos e, por isso, está ainda no meio das responsabilidades e as lembranças acontecerão mais para frente, porém, as terá em grande quantidade. Mas o Carlão pode ter certeza que tem uma pessoa la em cima que deve estar muito feliz com ele, que é o Dr. Gerosa, um dos grandes lutadores pela Santa Casa e que, sem duvida, deve estar radiante por vê-la tão grandiosa e abrangente e entendendo que foi graças a ele- Carlão, que o Juninho e outros puderam realizar a grande transformação. São boas lembranças!
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados