Quando votamos ou nos agregamos ao trabalho para eleição de alguma pessoa, para qualquer cargo, é porque entendemos que a mesma possa nos representar e defender posições nas quais acreditamos. E, quando essa personalidade assume responsabilidades importantes por sua capacidade de trabalho sentimos que o voto não foi sufragado em vão. Essa semana foi grato ver o Senador Aloysio Nunes, um tradicional amigo de Votuporanga, em entrevista para a revista Veja, expondo ali seus pensamentos e posições. Se gostamos de tudo o que disse, ou não, é conseqüência da democracia, pois, cada um pensa a sua maneira e, no mínimo, devemos respeitar. Se você meu ilustre leitor ainda não viu esta reportagem procure vê-la, é interessante.
Mas, mudando o foco do papo, vamos para umas notas colocadas no Anote Ai deste jornal. O João Carlos aproveitou-se de uma conversa descontraída que tivemos e levantou a questão das velocidades na Washington Luiz. Muito bom que tenha feito isso, pois, assim nos dá a oportunidade de comentarmos sobre o assunto. Vejam bem, como penso: Alguém sai em viagem, de automóvel, para ir, digamos, a São Paulo. De Votuporanga até lá são 520 quilometros de estrada. Muito bem, alguns fazem isto a passeio, por negócios ou por outros motivos. Obedecendo as velocidades e descontados os tempos de pedágio e alguma parada a viagem vai consumir umas seis ou sete horas. O cruel da história é quando regulamos o aviso do carro para o nos alertar sobre os limites e verificamos que em determinados trechos as velocidades são diferenciadas. Quem viaja por “horas a fio”, está, sim, atento ao movimento da pista, defendendo-se de alguns exagerados e pode, o que é comum, se distrair das arapucas e, quando percebe, já levou uma multinha porque a placa de aviso para 90 ou 80 quilometros não é nada grande. Se a estrada passa por entornos das cidades que culpa tem o viajante? Alguém pode dizer que é preciso reduzir as velocidades para evitar acidentes. Até concordo, mas se a gente ficasse em casa, não fosse para a estrada, os acidentes cairiam vertiginosamente. Mas, continuando, vamos ao que penso, por experiência de estradas por mais de 50 anos. Os pilotos de escrivaninha, por interesses que desconhecemos “mandam brasa” na quantidade de radares e haja bolso para sustentar essa “indústria”. A estrada da qual estou escrevendo é uma estrada muito boa, com limite médio de velocidade de 110 por hora, perfeitamente compatível com os automóveis de hoje e com um custo de pedágio exorbitante. Por ai, meus amigos, podemos perceber que o governo ao “oferecer” esta via de acesso pensa que pode tirar o sossego dos motoristas ou irritá-los ao colocar essas armadilhas que são verdadeiros caça-níqueis. Se alguém discorda desse pensamento não me leve a mal, porém, faça suas sugestões.
E, continuando, aterrizemos aqui em Votuporanga, com os radares já colocados, para que todos cuidemos de não ultrapassar limites de velocidade nas vias públicas. Se já sabemos que existem, então, não levaremos multas e, tem mais, que limitemos nossas velocidades, em todas as ruas, pois, diferente do assunto de cima, estamos transitando dentro da cidade. Se nos cuidarmos e não exagerarmos os radares não serão indústrias de multas, mas sim, limitadores de prejuízos de toda ordem.
Também, dia desses, recebi uma mensagem discorrendo sobre a votação da ficha limpa no Congresso, ou na Câmara dos Deputados, que parece não vai ser para valer. Se isto acontecer caberá a cada um de nós saber se o Parlamentar em quem votamos foi contra ou a favor da manutenção da Lei. Se foi contra, sem duvida, devemos esquecê-lo na próxima vez. Mas, aproveitando o assunto, até penso que não haveria necessidade de Lei nenhuma se os Partidos políticos pudessem, com liberdade, sem ditadura, nos municípios, fazerem a triagem dos candidatos. Com isso, com certeza muitos picaretas deixariam a política, pois, seriam expurgados já no ninho, como já escrevi aqui outras vezes.
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados