De acordo com o advogado do suspeito, Fábio Binati, o depoimento do rapaz condiz com o que as testemunhas disseram e está convincente, por isso, ele já protocolou o pedido para que o mesmo responda em liberdade
A Polícia Civil de Cardoso permaneceu de portas trancadas durante o depoimento do suspeito Foto: A Cidade
Aline Ruiz
Após depoimento de quatro horas, o suspeito de matar a tiros Jacinto Lopes dos Santos, de 65 anos, e o seu filho Fábio Lopes dos Santos, de 28 anos, no último sábado (8) em Cardoso, alegou legítima defesa. J.V.R., de 31 anos, vai responder pelo crime detido na cadeia pública de Guarani D’Oeste. De acordo com o advogado do suspeito, Fábio Binati, o depoimento do rapaz condiz com o que as testemunhas disseram e está convincente, por isso, ele já protocolou o pedido para que o mesmo responda em liberdade.
Em conversa com o A Cidade, o advogado comentou sobre o depoimento prestado por J.V.R.. Segundo o que o suspeito revelou, ele e um amigo estavam dentro do veículo e deram carona para uma moça, que seria irmã e filha das vítimas. Ao chegar em frente à casa da mulher, o amigo do suspeito teria discutido com a mesma por causa de R$ 20.
As vítimas, ao ouvirem a discussão, teriam saído de casa para defender a mulher, foi quando teria começado a confusão em frente à residência. “Eles estavam de uniforme para ir trabalhar e, com o intuito de defender o amigo, ele desceu do carro. Segundo ele, foi nesse momento que as vítimas partiram para cima dele”, afirmou o advogado.
Sobre o momento que os tiros foram efetuados, o advogado afirmou que o suspeito quis apenas se defender. “Quando eles foram para cima dele, ele pegou a arma e deu o primeiro tiro, que acertou o Fábio. Depois, Jacinto foi para cima dele também para defender o filho, foi quando ele deu o segundo tiro”, explicou.
Após prestar o depoimento, J.V.R. foi encaminhado para Guarani D’Oeste, onde permanecerá à disposição da Justiça. “Como ele estava foragido, ela vai precisar ficar detido, mas já protocolei o pedido para que a prisão dele seja revogada, já que não vejo motivo dele ficar preso”, afirmou.
O próximo passo é ouvir a moça envolvida na discussão que, segundo o advogado, é a chave de tudo. “Ela já foi identificada, depois o inquérito será concluído e encaminhado para o Fórum. Depois, caso a juíza entenda que ele agiu em legítima defesa mesmo, ele nem vai para o tribunal do júri”, finalizou.