A Polícia Rodoviária de Votuporanga desconhece o fato, porém afirmou que caso algo seja registrado irá intensificar o patrulhamento no local
O para-brisa do carro de Renata Siqueira, de 35 anos, foi atingido no fim da tarde desta segunda-feira (24) Foto: Arquivo Pessoal
Aline Ruiz
Veículos estão sendo atingidos por pedras na rodovia Péricles Belini, que liga Votuporanga a Cardoso. O crime aconteceu com várias pessoas de Votuporanga e Cardoso, próximo ao trevo de Álvares Florence. A Polícia Rodoviária de Votuporanga, porém, desconhece o fato, mas afirmou que caso algo seja registrado, vão intensificar o patrulhamento pelo local.
Uma das vítimas das pedradas, Renata Siqueira, de 35 anos, afirmou para o A Cidade que o para-brisa do seu carro foi atingido no fim da tarde desta segunda-feira (24), próximo ao trevo de Álvares Florence. “Eu tenho familiares em Cardoso e quando passei pelo trevo ouvi uma pancada, achei que tinha sido algum animal, mas quando olhei o meu para-brisa estava todo quebrado”, contou.
Renata afirmou que andou mais alguns metros e parou no acostamento para ver o que realmente tinha acontecido. “A lataria do meu carro também estava furada, parecia tiro de chumbinho ou alguma pedrada com estilingue. Na hora que eu parei, logo em seguida outro carro também parou e dois homens desceram do veículo, que também tinha sido atingido por pedradas”, explicou.
Questionada se ela conseguiu ver quem havia jogado as pedras, Renata disse que não. “Quando eu estava falando com os dois homens, nós vimos um carro prata saindo de dentro de uma mata, mas não sabemos se quem estava dentro tinha algo a ver com isso”, ressaltou.
Práticas desse tipo, segundo Renata, são comuns naquele trecho da rodovia Péricles Beline. “Já aconteceu isso antes, pessoas também costumavam colocar tijolos no meio da pista, acredito que para estragar o carro e eles assaltarem os motoristas, fiquei bastante nervosa e com medo”, concluiu.
A mãe da votuporanguense Cibelly Almeida Amorim, Isabel Almeida Amorim, de 46 anos, também foi uma vítima das pedradas. Porém, as pedras, ao contrário do que aconteceu com Renata, não atingiram o seu carro e sim o seu rosto. “Os meus pais são de Cardoso, quando eles estavam passando pelo trevo de Álvares Florence, minha mãe foi atingida com uma pedra no queixo, meu pai estava dirigindo e minha mãe estava do lado com o vidro aberto, ela precisou ir para a Santa Casa na hora”, disse Cibelly.
Outros relatos de pessoas que tiveram seus carros atingidos por pedras naquele ponto da rodovia estão sendo expostos por meio do Facebook. Em contato com a Polícia Rodoviária de Votuporanga, os policiais afirmaram que nenhuma ocorrência deste tipo foi registrada, porém caso algo aconteça, eles irão intensificar o patrulhamento no local.
Já em contato com a Delegacia de Polícia de Cardoso, o delegado Marcos Konji afirmou que não tem conhecimento do fato. “Por enquanto não estamos sabendo de nada, nenhuma ocorrência deste tipo chegou aqui para nós ainda”, finalizou.