Efetivo intensificou a fiscalização no período que teve início no dia 1º de novembro de 2014 e terminou às 0h de hoje
Tenente Deivid Gabriel de Melo com tarrafa apreendida
Nathalia Almeida
nathalia@acidadevotuporanga.com.br
A Piracema, período em que está proibida a captura, o transporte e o armazenamento de espécies de peixes nativos da região, inclusive espécies utilizadas para fins ornamentais e de aquariofilia, terminou às 0h de hoje. Na região de Votuporanga, o período teve início no dia 1º de novembro.
Para fazer um balanço sobre o período em Votuporanga, a reportagem do A Cidade conversou com o Comandante da Polícia Ambiental de Votuporanga, tenente Deivid Gabriel de Melo.
Apesar dos números oficiais da Piracema na região ainda não estarem fechados, o comandante contou que a fiscalização nesta Piracema foi feita de modo intensivo, inclusive na noite do término do período de reprodução das espécies. “A
Piracema acaba às 0h do dia primeiro, existem pescadores que ficam aguardando passar o horário para lançar redes e conseguir capturar grande quantidade de pescado, por isso fizemos uma fiscalização especial, principalmente no horário mencionado”, destacou.
Para coibir práticas como essa, o patrulhamento da Polícia Ambiental foi intensificado. Apenas no Carnaval deste ano foram feitos 215 patrulhamentos de fiscalização, que apreendeu um total de 184 quilos de pescado irregular. No total foram 3063 abordagens durante o feriado. O tenente Gabriel esclareceu que os patrulhamentos da equipe são mais intensivos pelos rios Grande, Turvo, São José dos Dourados e São João do Marinheiro, que abrange as regiões de Votuporanga, Cardoso, Nhandeara, Pontes Gestal, Riolândia e cidades adjacentes.
Ele ainda destacou que a maioria das apreensões realizadas pelo batalhão de Votuporanga aconteceu após denúncias de pessoas que tem consciência da pesca irregular. “Além de denúncias, o patrulhamento que fazemos é muito efetivo. Já conseguimos flagrar vários pescadores, com grande quantidade de pescado a partir de estudos em locais com maior incidência de crimes desse tipo. Geralmente fazemos um levantamento com dados estatísticos do ano anterior e constatamos os locais mais problemáticos, são naqueles locais que o patrulhamento da Polícia Ambiental é intensificado”.
Caniço, redes, tarrafas, molinetes quando são encontrados com pescadores amadores também são apreendidos, pois são objetos de pesca que ajudam na captura de grande quantidade de pescado. Essas ferramentas só podem ser usadas por profissionais no período de pesca regularizado.
O comandante da equipe de Votuporanga comentou que a maior parte dos flagrantes com grande quantidade de peixe são de pescadores amadores. “Os profissionais respeitam a legislação, eles sabem que se houver pesca no período proibido pode faltar peixes, outro fator é a licença que eles não podem perder. Se são pegos em situação irregular e perdem a documentação, existe uma burocracia para conseguir tirar novamente”, falou.
Quando a Polícia Ambiental flagra grande quantidade de peixe, o autor é multado. A multa para esse tipo de crime fica acima de R$ 500, dependendo da quantidade apreendida. Já os peixes que não podem ser reaproveitados de outra maneira são doados para instituições locais.