Dados são da Polícia Militar; segundo capitão Édson Fávero, acidentes matam mais que homicídios e fiscalização continua forte
Segundo capitão da PM, meta da fiscalização é diminuir as mortes do trânsito de Votuporanga
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Por mês, de 30 a 50 motoristas são flagrados pelas blitz da Polícia Militar por dirigir na influência de álcool em Votuporanga. A informação é do comandante da PM local, capitão Édson Fávero, que disse em entrevista que a fiscalização no trânsito segue entre as prioridades do efetivo, já que nos últimos dois anos, as mortes em veículos superaram e até dobraram o total de vítimas por crimes de homicídio.
Segundo o capitão, a polícia tem priorizado a fiscalização de trânsito com a intenção de diminuir números alarmantes. “Mensalmente, 30, 40, e até 50 pessoas são flagradas por embriaguez ao volante. É uma infração de R$1,9 mil de multa, além da suspensão da habilitação”, disse o comandante da PM local.
Fávero vê na área de trânsito, de uma maneira bastante convicta, que é necessária a intervenção das autoridades policiais, principalmente contra a embriaguez ao volante. Segundo ele, culturalmente, a população fica mais chocada quando ocorre uma morte por crime, do que por acidentes nas ruas, avenidas e rodovias que cruzam a cidade. “Quando acontece um homicídio por criminalidade, choca bastante, e quando ocorre por trânsito, parece normal. Acredito que a vida e a integridade das pessoas têm o mesmo valor”.
O comandante da PM local mostra com números a importância de uma maior conscientização para o trânsito. “Em 2013 foram 21 mortes de pessoas nos locais dos acidentes, sem contar aqueles que falecem dias após, que sobrevivem na hora, são internadas e nem são computadas na estatísticas. Nesse mesmo ano foram nove homicídios na cidade. Em 2014, foram sete mortes pela criminalidade e 15 no trânsito. Nesse ano, quero não estar enganado, mas vamos baixar mais ainda”, explicou.
Além do uso do bafômetro nas fiscalizações, alguns itens têm sido priorizados nas fiscalizações dos policiais. Um deles é o uso do celular ao volante. “Fica o alerta ao cidadão, que estamos fiscalizando uso de celular ao volante. As pessoas não conseguem separar direção e celular, e isso é muito grave. A falta do cinto de segurança também é inconcebível”, afirmou.
Fávero também comentou a por vezes criticada fiscalização eletrônica, os radares, que trabalham diretamente na redução de velocidade de veículos. Segundo o capitão “as autoridades têm que tomar decisões, por mais que não sejam simpáticas, principalmente visando o bem comum”.