Caixas com “santinhos” foram apreendidas, homem foi detido distribuindo panfletos e placas foram encontradas em propaganda irregular
Caixas com milhares de panfletos foram apreendidas na madrugada de ontem pela PM (Foto: A Cidade/Jociano Garofolo)
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
A Polícia Militar de Votuporanga avisou e cumpriu. Durante a semana, o comandante da 3ª Companhia, Édson Fávero, disse que 100% do efetivo estaria nas ruas de olho nos crimes eleitorais. E foi o que aconteceu. A fiscalização foi intensa, denúncias foram averiguadas e, ao menos, três casos de flagrantes foram encaminhados ao Plantão Policial.
O primeiro crime eleitoral aconteceu por volta das 4h20, na rua Denizar Vidigal, no bairro Campo Limpo, nas proximidades da Escola Dinâmica, local com seções eleitorais. Segundo informações obtidas com a Polícia Militar, policiais se depararam com um automóvel, ocupado por duas pessoas, no momento em que derramavam ao chão centenas de santinhos.
Eles foram abordados e no interior do veículo, foram localizadas seis caixas com panfletos de propaganda de um candidato a deputado estadual e um federal. O material, bem como o veículo, foram apreendidos e encaminhados ao Plantão Policial para o registro do boletim de ocorrência.
Horas depois, poucos minutos após às 8h, a votação mal havia começado quando outros dois crimes eleitorais foram registrados. Na escola Clary Brandão Bertoncini, policiais militares flagraram placas de propaganda proibida.
Dois painéis estavam na calçada na rua Rio Grande, bem em frente à escola. Perto do local, na mesma via, um cavalete de propaganda de deputado estadual também estava exposto, o que é proibido. A PM acionou a Justiça Eleitoral, que orientou a apreensão dos objetos, que foram encaminhados à unidade policial, onde foi registrado um boletim de ocorrência.
Quase no mesmo horário, às 8h24, um crime típico de “boca de urna” foi flagrado nas proximidades da escola Faustino Pedroso, na avenida Wilson Foz. Um homem distribuía papeis, com número de candidatos a deputado, uma espécie de “cola” para quem passava na rua. O fato chamou a atenção de um advogado, que denunciou a situação para um fiscal da Justiça Eleitoral.
O fiscal acionou a PM que foi rapidamente ao local. O homem foi conduzido ao Plantão Policial, onde foi elaborado o registro de ocorrência. Após ser ouvido, foi liberado, mas vai responder judicialmente pelo crime eleitoral.
Em entrevista, o capitão Édson Fávero destacou de maneira positiva a atuação da Polícia Militar, principalmente nos casos de boca de urna. “Os infratores foram conduzidos. No geral, o saldo foi bom, sem maiores problemas”, afirmou.