Adriano Santos Oliveira (à dir.) teria executado Helton Souza
Jociano Garofolo
Acontece hoje, a partir das 15h, no Fórum da Comarca de Votuporanga, a primeira audiência de instrução sobre o latrocínio (roubo seguido de morte), que vitimou o jornalista Hélton Eduarti Souza. Está programada a tomada de depoimentos das testemunhas e, possivelmente, dos réus. Se o juiz encarregado para o caso optar, também poderá acontecer o debate das teses de defesa e acusação.
Por se tratar de latrocínio, o crime não vai para júri popular. A audiência acontece a portas fechadas. As últimas pessoas que deverão dar suas versões sobre o caso são os acusados, ou seja, o servente de pedreiro Adriano Santos Oliveira, 20 anos, e a mulher dele, V.J.S., 19 anos, apontada como cúmplice no crime.
A morte do jornalista aconteceu na noite de 26 de fevereiro deste ano, no município de Valentim Gentil. O juiz designado para o caso é Reinaldo Moura de Souza, da 2ª Vara. Agirão na defesa dos réus os advogados criminalistas Gésus Grecco e Douglas Teodoro Fontes. A defesa vai tentar provar que Adriano, apontado como o autor da morte do jornalista, teria cometido o crime durante uma briga com a vítima. V.J.S. não teria participação alguma e estaria presa por engano, segundo os defensores. Foram intimadas e devem comparecer as testemunhas de defesa e acusação.
Adriano está detido no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Riolândia e a moça na cadeia feminina de Tupi Paulista. Os réus foram presos em março em uma ação que envolveu a Polícia Civil de Valentim Gentil e policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga.
Hélton tinha 28 anos. A vítima foi vista pela última vez saindo de uma academia de ginástica, em Fernandópolis. O jornalista atuava como assessor de imprensa na Santa Casa daquela cidade e já trabalhou em jornais em São José do Rio Preto, Araçatuba e Votuporanga, entre eles o A Cidade. A polícia suspeita que o jornalista teria sido enforcado, já que a camiseta dele estava enrolada no pescoço. De acordo com testemunhas, um pintor que iria trabalhar no prédio foi o primeiro a ver o corpo. Ele ainda tentou acordar Hélton, mas quando percebeu que a vítima estava sem vida, ligou para a polícia.