Cléber dos Santos Bordin vai ao banco dos réus acusado de jogar álcool e atear fogo na companheira, causando-lhe a morte
Jociano Garofolo
Acontece hoje, a partir das 9h, no Fórum da Comarca de Votuporanga, o julgamento de Cléber dos Santos Bordin, acusado de atear fogo na companheira Ivonete Cândida Freitas da Silva, causando-lhe a morte em julho do ano passado. A vítima teve 80% do corpo queimado após o réu, segundo a acusação, ter jogado álcool e riscado um fósforo, enquanto ela dormia.
O sorteio dos jurados que vão participar da formação do Conselho de Sentença aconteceu no dia 17 de julho. O réu permanece preso desde o flagrante, e como não houve recurso, foi pronunciado e vai responder por homicídio em júri popular.
Segundo a denúncia feita pelo promotor Marcus Seabra, o crime aconteceu por volta das 6h do dia 23 de junho de 2013, em uma casa na rua Maranhão, no bairro Vila Nova. Cleber e Ivonete viviam um relacionamento amoroso conturbado e residiam na mesma casa. A mulher dormia no sofá quando o acusado jogou álcool em seu corpo e acendeu um fósforo.
Rapidamente as chamas se propagaram pelo corpo, atingindo principalmente o couro cabeludo, tronco e braços. Houve explosão na sala e o fogo atingiu as mãos de Cléber, que também precisou ser atendido por equipes de resgate.
Familiares ouviram os gritos de desespero de Ivonete. A mulher foi imediatamente socorrida ao Pronto Socorro da Santa Casa pelo Samu, onde permaneceu em estado gravíssimo, até ser transferida para um hospital em Bauru. Já o agressor foi mantido sob escolta policial. Ficou algemado pelos pés em razão dos ferimentos nas mãos e braços, sendo transferido para o Hospital Padre Albino, de Catanduva.
Após uma semana lutando pela vida, Ivonete morreu no dia 30 daquele mês. Bordin vai responder por homicídio qualificado, de crime considerado hediondo.