Laudo da Polícia Científica aponta que fogo começou após pane ou superaquecimento em aparelho da loja Kamilla Doces
Jociano Garofolo
Foi concluído e já encaminhado para a Polícia Civil de Votuporanga o laudo elaborado pela Polícia Científica sobre as causas do incêndio que destruiu três lojas e danificou apartamentos na avenida Emílio Arroyo Hernandes, no bairro Pozzobon, no dia 6 de maio. Segundo o trabalho dos peritos, um curto-circuito ou superaquecimento no ar-condicionado na loja Kamilla Doces e Festas deu início às chamas, que se alastraram rapidamente, deixando um rastro de prejuízo, e causou pânico aos moradores daquela região.
O laudo pericial aponta que o fogo teria se iniciado na chave contadora (que regula a potência) da condensadora do ar-condicionado, instalado aos fundos da loja de festas. Segundo os trabalhos da Polícia Científica, são três as alternativas que podem ter motivado o surgimento das chamas.
A primeira hipótese é um superaquecimento na chave contadora do ar-condicionado. A segunda é um curto-circuito por conta da presença de um corpo estranho, como um inseto, barata ou lagartixa por exemplo. E a terceira é um superaquecimento dos capacitadores do ar-condicionado.
Com isso, a possibilidade de um incêndio criminoso, que já era pequena, está praticamente descartada. Em entrevista ao A Cidade, o delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Márcio Nosse, afirmou que o laudo foi encaminhado para um investigador que vai produzir um relatório sobre o caso. Em seguida, será instaurado o inquérito policial, em que serão ouvidas todas as partes envolvidas, ou seja, os proprietários dos estabelecimentos comerciais, testemunhas e o proprietário do imóvel.
O prédio, onde funcionava a loja de festas, uma de cosméticos e um escritório imobiliário, ficou interditado por 15 dias após o incêndio, e só então foi liberado pela Defesa Civil. Dessa forma, o proprietário do imóvel pode utilizar a área como desejar, já que as instalações não foram condenadas pelas chamas, sendo necessária apenas uma reforma.
O prejuízo dos estabelecimentos comerciais, que tiveram grande quantidade de mercadorias totalmente destruída, é estimado em aproximadamente R$600 mil. O incêndio também abriu um grande debate sobre a segurança de combate ao fogo em lojas da cidade, a fiscalização e o poder de ação e de equipamentos do Corpo de Bombeiros.