Raimundo Augusto Correa de Sá foi apontado como o autor de crime em fevereiro de 2013; julgamento é o próximo na agenda
Jociano Garofolo
Vai a júri popular no dia 1º de agosto (próximo julgamento agendado no Fórum da Comarca), Raimundo Augusto Correa de Sá, de 22 anos, conhecido por “Nô”, o homem acusado de matar, com pelo menos 15 golpes de faca, Mércia Ribeiro da Silva, de 29 anos, no bairro São João, em 2013. O caso ganhou bastante repercussão na época, principalmente porque dias antes, a vítima havia virado notícia por montar de forma irregular um barraco em um terreno particular próximo à igreja São Benedito e Nossa Senhora de Fátima.
O julgamento terá início às 9h no Tribunal do Júri. O sorteio dos jurados para a formação do Conselho de Sentença acontece no dia 17 de julho, às 13h15, na sala de audiências da Primeira Vara, e servirá também para o júri popular do dia 7 de agosto, de Cléber dos Santos Bordin, acusado de matar queimada a companheira Ivonete Cândida Freitas da Silva, como divulgado pelo A Cidade na edição de domingo.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o crime aconteceu por volta das 16h do dia 23 de fevereiro, um domingo, em uma casa na rua José Nésio de Oliveira, no bairro São João. Para a acusação, Raimundo agiu por motivo fútil e mediante emprego de recurso que dificultou a defesa de Mércia.
Consta nos autos que o acusado e a vítima estavam em um encontro afetivo na casa dele. Ao chegarem ao local, Raimundo teria discutido com a mulher por conta de um copo que ele levava no bolso da bermuda. No calor da conversa, o acusado teria sacado o canivete que levava consigo e desferido vários golpes contra Mércia, levando-a à morte. Ela foi encontrada caída, com cortes pelo corpo, inclusive um que degolou o pescoço.
Raimundo fugiu após o crime, mas foi preso pela Polícia Militar, instante depois, na casa do tio, a dois quarteirões de distância. Os policiais deram voz de prisão ao suspeito e o encaminharam até o Plantão Policial onde foi autuado em flagrante por homicídio doloso, sendo determinado o recolhimento na Cadeia Pública de Votuporanga. O acusado foi pronunciado a responder pelo crime em júri popular, não recorreu da decisão, e aguarda o julgamento preso.