L.L., conhecido por "Buda" ou "Gordinho" confessou à DIG que cometeu homicídio contra Vinícius Valdemar da Silva, no Pró-povo
Suspeito foi escoltado pela PM ao Plantão Policial, onde confessou que cometeu o assassinato
Jociano Garofolo
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga esclareceu no último domingo (4) o assassinato de Vinícius Valdemar da Silva, de 36 anos, morto com tiro na boca na tarde do dia 24 de abril, no bairro Pró-povo, em Votuporanga. L.L., conhecido por "Buda" ou "Gordinho" assumiu a autoria do crime e disse que cometeu o homicídio porque se sentia ameaçado pela vítima, e que agiu buscando se defender.
O suspeito prestou depoimento após ser identificado em uma rua do bairro por uma viatura da Polícia Militar. Os policiais cabo Augusto e cabo André atenderam o pedido do delegado da DIG, Márcio Nosse, de que assim que Buda fosse localizado, de ser encaminhado para prestar esclarecimentos. O suspeito estava fora de casa desde o dia do crime, e não foi encontrado em tempo hábil para a prisão em flagrante.
De maneira espontânea, sem ao menos colocar algemas, ele foi encaminhado ao Plantão Policial onde em conversa com o delegado, assumiu, na presença da mãe, ser o autor do assassinato. "Ele disse que sofria ameaças. Como o suspeito colaborou e se entregou, vai responder pelo crime em liberdade. A investigação continua", afirmou ao A Cidade o delegado Márcio Nosse.
Com a autoria do crime esclarecida, a DIG vai apresentar um relatório sobre a investigação ao 1º Distrito Policial, onde quatro delegados respondem, e um deles deve presidir o inquérito policial. "A prisão em flagrante não aconteceu. O rapaz estava desaparecido da residência dele. Argumentou que agiu em legitima defesa e que se sentia ameaçado. Ele disse que dispensou a arma e que não poderia nos levar ao local onde estava. A autoria está esclarecida", completou o delegado.
O crime
A execução brutal, em plena luz do dia, mobilizou a Polícia Civil e a Polícia Militar no mês passado. Vinícius Valdemar da Silva, de 36 anos de idade foi morto na rua Antônio Galera Lopes, próximo ao cruzamento com a rua Rio Colorado.
Ele foi encontrado caído ao solo, ao lado de uma bicicleta, na rua Antônio Galera Lopes. Tudo indica que ele se encaminhava ao cruzamento com a rua Rio Colorado, quando foi abordado por seu assassino. A vítima foi atendida pela equipe do Samu, que constatou a morte no local.
A bala teria entrado pela boca e saído pela nuca, já que houve perda de massa encefálica. No local, aconteceu uma grande aglomeração de populares, mas a "lei do silêncio" imperou e apesar do crime ter acontecido à luz do dia e no meio da rua, ninguém soube dar detalhes do homicídio aos policiais.
CRED: Jociano Garofolo/A Cidade