Segundo capitão Fávero, sons automotivos e embriaguez ao volante são focos da fiscalização; festas na região preocupam
Jociano Garofolo
O Carnaval já começou e com a festa, uma grande operação da Polícia Militar da 3ª Companhia de Votuporanga, que está com 100% do seu efetivo nas ruas desde ontem (28). O foco da fiscalização da PM, segundo o capitão Edson Fávero, está voltado na parte externa do bloco Oba! e do desfile de rua. O objetivo é que não se crie o que ele chama de “Carnaval paralelo”.
Segundo o comandante da Polícia Militar, a população tem todo o direito de ir às ruas e buscar diversão, porém, sem excessos que possam causar transtornos ou confusões. “A preocupação é total. Nesse período, temos zero de afastamento de militares. Estou com 100% do efetivo voltado para o policiamento. O intuito é dar segurança à comunidade. O Carnaval como o do Oba!, por exemplo, já atingiu um nível de segurança interna que deixa a gente tranquilo com o andamento. A preocupação nossa é com relação à parte externa mesmo. Para os desfiles das escolas, terá um efetivo de 15, 20 policiais, mas não gera preocupação, por concentrar um público de famílias. Os focos são os agrupamentos de pessoas na avenida, ao lado da represa do Centro de Lazer do Trabalhador, que é onde a gente anda tendo problemas”.
O acúmulo de pessoas em volta de automóveis com som automotivo, em volume alto, não será permitido. “Vamos direcionar nossa atenção para que não se crie carnavais paralelos. Não que a população não tenha direito de se divertir, sem problema. Todos aqueles exageros que a gente perceber, sons potentes, por exemplo, serão coibidos. A PM tem ferramentas para guinchar os veículos, se for preciso”.
Para o capitão Fávero, os eventos paralelos, por não serem controlados, podem dar início a vários tipos de confusões. “Quando se forma um evento assim, não tem ninguém controlando. É onde surgem problemas com bebidas e rixas pessoais. Vamos estar com o efetivo ideal para tentar coibir isso. Quanto aos abusos no trânsito, a gente já vem intensificando as autuações de alcoolismo ao volante, mas é outro fato que vamos fiscalizar bastante”.
Festas vizinhas
Valentim Gentil, Cosmorama, Américo de Campos. Esses municípios, que neste ano, segundo a PM, optaram por realizar carnavais em locais abertos, possuem a segurança questionada pelo capitão. Segundo ele, em anos anteriores, os carnavais aconteciam em recintos fechados, onde era minimizada a entrada de armas, por exemplo.
“A Polícia Militar vê isso como um retrocesso no quesito segurança dos foliões. Fica o alerta para a população que vai frequentar esses lugares para não se envolver em brigas coletivas, porque realmente, se perde o controle das situações. Todas as situações desses municípios, a Polícia Militar levou ao conhecimento do Ministério Público que não é favorável, porque não tem condições de oferecer uma segurança de qualidade. Esperamos que haja um esforço muito grande das autoridades que propuseram o Carnaval dessa forma, mas é algo que nos preocupa”, diz o capitão Edson Fávero.
