Jociano Garofolo
O trânsito de Votuporanga registrou mais uma vítima fatal, na noite da última quarta-feira (12). O ajudante geral Edson Aparecido Moreira, de 46 anos, morreu após colidir o automóvel que conduzia contra um poste no início da estrada Fábio Cavalari, no bairro Sonho Meu. Para os moradores do bairro, acidentes no local são comuns e o registro de uma morte era só uma questão de tempo.
A colisão que vitimou Edson aconteceu por volta das 20h40. Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil, o ajudante geral conduzia um automóvel Fiat Prêmio, de cor bege, com placas de Votuporanga. Ele levava duas pessoas como passageiros, Mateus Campos Sousa e o cunhado dele, identificado apenas por Alex.
O automóvel teria cruzado a linha férrea, sentido aeroporto, e entrado na estrada. Após uma curva, o motorista perdeu o controle da direção. O automóvel subiu na calçada, bateu contra um alambrado da sub-estação da Elektro e chocou-se contra um poste de iluminação pública. Edson teria quebrado o pescoço e morreu no local.
Quando a PM chegou ao Sonho Meu, foi informada que Mateus e Alex foram socorridos pela unidade de resgate dos Bombeiros até a UPA (Unidade de pronto atendimento). Posteriormente, foi constatado que Alex não havia dado entrada na unidade de saúde.
Em entrevista ontem, Mateus deu detalhes do que aconteceu. "Alex e eu estávamos vindo do Matarazzo e pegamos uma carona com o Edson, achando que ele estava bom. Entramos no carro, e quando passou da linha do trem, começou a correr, não conseguiu fazer a curva e para não bater na traseira de um veículo estacionado, subiu na calçada. Daí bateu na cerca e virou o carro. Ele não deu conta de segurar o volante", disse.
Revolta
O acidente aconteceu em frente à mercearia e da casa do comerciante Jonas da Silva, que mora no bairro Sonho Meu há 10 anos. Ele conta que, na noite anterior, estava com a esposa, filhos e netos na calçada, bem no ponto onde no dia seguinte, aconteceu a fatalidade. Ele mostra revolta sobre a situação do trânsito de veículo no trecho, e pede soluções urgentes. "Já vi vários acidentes pelo local. Dessa vez teve vítima fatal, mas vai esperar morrer uma família inteira para tomar uma atitude? Os caminhões passam aqui a mais de 70, 80 quilômetros por hora. A população ficou revoltada, já que a vítima era moradora do bairro. A gente pede uma atitude, de botar algo aqui, seja uma lombada eletrônica, ou de concreto. Vamos fazer algo para gente aqui do Palmeiras II e do Sonho Meu", cobrou.
A mesma impaciência e indignação mostra a dona de casa Luzia Cristina da Silva. "Estou indignada pela com a falta de atenção para o povo. Já presenciei acidentes, falta lombada, o pessoal passa em alta velocidade e não respeita ninguém. já pensou se fosse uma criança? Se tivesse uma lombada, eu garanto que a vítima não teria morrido".