Crime que aconteceu em Riolândia e seria julgado amanhã sem a presença do réu; filha da vítima diz que nunca desistiu da Justiça
Entrada de acusado na Cadeia foi tumultuada
Jociano Garofolo
Quase 21 anos depois, a Polícia Civil de Riolândia e de Cardoso, com apoio de policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga, em uma ação coordenada pela delegada Edilse Soares de Oliveira, efetuaram a prisão em Minas Gerais, de um homem acusado por ter matado a tiros o vereador de Riolândia, Edno Mega. O crime aconteceu 18 de abril de 1993, durante festa de peão daquele município. O mais impressionante é que o julgamento sobre o caso acontece amanhã em Paulo de Faria, e estava programado mesmo com o réu foragido, já que se aproximava o período do crime prescrever.
O acusado, identificado como Paulo César da Costa, foi encaminhado sob escolta policial até a Cadeia Pública de Votuporanga, por volta das 11h de ontem. Na saída da viatura, familiares partiram para cima dos profissionais da imprensa de maneira hostil, e tentaram, sem sucesso, impedir o registro da entrada do acusado na unidade prisional da cidade.
Segundo nota da Polícia Civil divulgada à imprensa, após os fatos, o acusado fugiu acompanhado da família, constituída por dois filhos menores e a mulher, e se manteve foragido por 20 anos. Até que ontem (25), após trabalhoso serviço de investigação, realizado pelos policiais civis de Riolândia, de Cardoso (equipes comandadas pelo delegado Rogério Montoro), que durante o longo período persistiram na tarefa localizar o autor, conseguiram efetuar a prisão, no estado de Minas Gerais, no município de Guarantiã, em uma propriedade rural isolada.
A diligência que resultou na prisão de Paulo César foi realizada pelos investigadores de polícia de Riolândia, coordenados pela delegada Edilse Soares de Oliveira, acompanhados de investigadores da DIG de Votuporanga, sob a coordenação do delegado Marcio Nobuyoshi Nosse e com o apoio da Delegacia de Seccional de Votuporanga, representada pelo delegado João Donizete Rossini, além dos investigadores de Cardoso, e do delegado Rogério Montoro.
Para conseguir prender o suspeito, os policiais civis foram por várias vezes a Minas Gerais, em diversas localidades e desenvolveram cuidadoso trabalho de inteligência policial, até que por fim, obtiveram indícios que levaram à localização do autor. Na captura, o preso não ofereceu qualquer tipo de resistência. Ele foi encaminhado para a Cadeia Pública de Votuporanga, de onde aguarda para a audiência marcada no Fórum de Paulo de Faria, que acontece amanhã.
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