Sentença foi aplicada na tarde de ontem pelo juiz de Direito, Jorge Canil; defesa e promotoria querem recorrer da decisão
Karolline Bianconi
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Eli Francisco Medeiros foi condenado a 10 anos, a cumprir em regime inicial fechado, pela Justiça de Votuporanga, na tarde de ontem. Ele foi considerado culpado pela morte a facadas de Ricardo Rosa Sangaletti, na época com 22 anos, em junho do ano passado no bairro Nova Boa Vista.
A sentença foi dada pelo juiz de Direito, Jorge Canil. O promotor Eduardo Martins Boiati, responsável pela acusação, irá recorrer assim como os advogados de defesa Silvânio Pirani, Marcus Gianezi e Willian Ferreira.
O Ministério Público sustentou a tese de que o motivo do crime seria que o autor não aceitava o término de seu relacionamento com A.R.S.M. de quase um ano.
Relato das testemunhas
R.J.S. foi a primeira testemunha a ser ouvida. Falou que escutou no dia do crime gritos de A. e desceu as escadas para ver o que acontecia, quando teria visto Eli já com a faca na mão golpeando a vítima. Disse que conseguiu tirar a faca da mão do autor e notou que a vítima reclamava muito de dor.
C.M. conhecia o casal e disse que, dias antes do acontecido, iria fazer a mudança de A.R.S.M. para a cidade de Lucélia, e que quem pagaria pelo serviço era Eli. O valor combinado seria de R$ 300.
A ex-amásia de Eli, E.C.S., disse que ficou casada com ele por nove anos. Não tiveram filhos, mas ele assumiu sua filha quando a criança tinha 7 anos.
Questionada pelo juiz o motivo de terem se separado, E. respondeu que devido ao fato do acusado trabalhar muito e passar dias viajando, ela decidiu se separar.
Para a testemunha, foi um susto saber que seu ex-marido foi acusado pelo crime. “Fiquei sabendo depois de 15 dias. Ele é bom, não merecia passar por isso”, falou.
M.A.M. foi patrão de Eli . Ele disse que tinha aconselhado o jovem a deixar A.R.S.M.. O ex-patrão falou que, se fosse possível, daria uma nova oportunidade de emprego ao jovem.