Determinação partiu da 1ª Vara Criminal de Fernandópolis, expedida pelo juiz Evandro Pelarin e cumprida pela Polícia Federal
Alex Pelicer
Depois de 30 dias em liberdade, o empresário Olívio Scamatti foi preso novamente na tarde de ontem, em Votuporanga, por equipes da Polícia Federal de Jales. A determinação partiu da 1ª Vara Criminal de Fernandópolis, expedida na última segunda-feira, pelo juiz Evandro Pelarin.
De acordo com informações obtidas pela reportagem, o empresário, que é proprietário de firmas que atuam no ramo da construção civil e pavimentação asfáltica no Estado, estava em liberdade, beneficiado por um habeas corpus concedido após sua prisão na deflagração da Operação Fratelli.
Segundo investigações da PF, no final de setembro, dois imóveis, em nome do empresário e que estariam bloqueados pela justiça, tinham sido usados no pagamento de uma dívida de um dos empreendimentos de Olívio.
Em razão do descumprimento de regras estabelecidas para a concessão do habeas corpus, foi expedido um novo pedido de prisão temporária, que foi cumprido ontem.
Porém, diferente da primeira vez que Olívio foi detido, este pedido não tem prazo determinado ou fixado para soltura do preso, mas pode ser revisto assim que os bens voltarem ao nome do empresário.
Procurado pela reportagem, o advogado de Olívio Scamatti, Alberto Zacharias Toron, alega que houve um equívoco no pedido de prisão. “Estou entrando com habeas corpus e adianto que o juiz cometeu um equívoco. Pois os bens usados nas negociações não estavam gravados pela indisponibilidade. E os usados nesta venda já haviam sido revertidos antes deste pedido de prisão”, afirmou o advogado.
Questionado sobre quando Olívio poderia ser posto em liberdade, Toron disse que ainda não é possível precisar.
Prisão
O mandado foi cumprido na tarde de ontem. Pouco depois das 14h30, duas equipes da PF deslocaram até Votuporanga e encontraram o Olívio em sua própria residência. Foi dada voz de prisão e empresário não reagiu.
Ele foi encaminhado até Jales e, após a realização do exame de corpo de delito, ele foi encaminhado a delegacia da PF, onde permanece detido até hoje, quando poderá ser transferido para CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José do Rio Preto.