Um dos advogados do suspeito, Marcus Gianezi, disse que espera fim da prisão preventiva
Jociano Garofolo
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Braw Michael Verde, de 25 anos, único suspeito preso pelo assassinato da bebê Ana Clara da Silva Lagoin, de 10 meses, no sábado passado, dentro de casa no Jardim das Palmeiras I, foi transferido do CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José do Rio Preto para a Penitenciária de Andradina, na última quinta-feira. Boatos sobre a possível morte dele em uma cela de prisão foram desmentidos por um dos advogados de defesa.
O suposto autor do assassinato de Ana Clara, e também da tentativa de homicídio do adolescente Matheus, tio do bebê, que foi atingido com um tiro de raspão na mão, foi preso ainda na noite de sábado pela Polícia Militar. Uma denúncia anônima levou os policiais a Braw, que estaria no bairro Pozzobon, na casa de um amigo.
Inicialmente, ele foi levado à cadeia local, de onde foi transferido na terça-feira para Rio Preto. Segundo um dos advogados responsáveis pela defesa de Braw, o criminalista Marcus Antônio Gianezi, foi feita uma entrevista com o rapaz no CDP, onde foi definida a transferência para Andradina, deslocação que ocorreu na quinta-feira.
Direto de ficar calado
Questionado pela reportagem do jornal A Cidade sobre a versão do suspeito do que aconteceu na noite do crime, Gianezi, que trabalha no caso junto com o advogado Romualdo Castelhone, afirmou que Braw reservou para si o direito de permanecer calado. "Ele não é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Tudo ainda está muito prematuro. Ainda não há acusações formais ou maiores detalhes sobre o que realmente aconteceu no caso", explicou Gianezi.
Castelhone e Gianezi entraram com o pedido de revogação da prisão temporária do suspeito no Fórum local, mas até às 18 horas de ontem, nenhuma decisão havia sido formulada pelo juiz. Em Andradina, Braw está em uma cela coletiva, com vários outros presos.
Boato sobre morte
Gianezi explicou também que tomou ciência sobre um boato que desde quinta-feira circula pela cidade, de que Braw teria sido morto no CDP de Rio Preto. O advogado chegou a buscar informações com a Secretaria de Administração Penitenciária, que desmentiu a toda a história. Foi confirmado que tudo não passou de conversa.
Matéria completa na edição de hoje do Jornal A Cidade.