O debate das partes de defesa e acusação começou com o discurso do promotor de Justiça João Alberto Pereira, que afirmou que a vítima, Ronize, foi morta após atos de extrema crueldade do réu. Em todo o instante, o responsável pela acusação demonstrou aos jurados os motivos que, segundo ele, tornavam o crime rotulado como de homicídio doloso duplamente qualificado.
"Em mais de 25 anos de trabalho, não me lembro de um homicídio cometido com
tamanha crueldade". O promotor contou que acompanhou o caso em todas as etapas, desde 1996, e que foi o responsável pela denúncia. "Eu fiz a denúncia, acompanhei o drama da família e a fuga do acusado. Quem foge é porque tem culpa. Ele só foi preso em um deslize", afirmou o promotor.
João Alberto Pereira também argumentou sobre a confiança que o réu teria na impunidade, já que, para a acusação, seguiu a vida como se nada tivesse acontecido em São José do Rio Preto, onde inclusive constituiu família. "Ele desfez a vida da vítima e refez a dele. O crime é injustificável. A Ronize não teve reação alguma, só apanhou e apanhou. Ele se sentou sobre ela para espancá-la, pegou a bicicleta dele e foi embora", disse o promotor.