A defesa de Edson Secato mostrou uma estratégia visando reduzir a pena do réu, e mais, desqualificar o crime de homicídio duplamente qualificado para lesão corporal seguida de morte. Para os advogados, Ronize morreu em decorrência de infecção hospitalar que ela contraiu no período de internação na Santa Casa.
O debate por parte da defesa começou pelo advogado Renan Feitosa Fernandes. Ele assumiu que o crime foi bárbaro, de consequências desastrosas à vítima, mas que em nenhum momento o agressor pensava em assassinar Ronize.
"O Edson não planejava a morte da vítima, mas vivia fazendo planos para se casar com ela. Ela deu um tapa nele antes e daí ele agiu errado em espancá-la. Esse caso se trata não de homicídio, mas de uma lesão corporal seguida de morte. Ele não queria que ela morresse, até porque ela faleceu de infecção bacteriana", afirmou Renan. O ponto forte do argumento do advogado foi a apresentação do laudo médico, em que se afirma que Ronize não morreu por causa das lesões sofridas nas agressões, mas por uma infecção hospitalar que ela obteve no período de internação.
Também pela defesa, o advogado Mário Fernandes Júnior, foi enfático em afirmar que os ferimentos sofridos não desencadearam a morte, mas sim, as complicações que ela sofreu no leito."Houve negligência hospitalar. Em 1996, a nossa Santa Casa era outra, não era referência em qualidade", disse Fernandes Júnior.