Da Redação
O Palácio da Cidade, sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, foi o local escolhido pelo Ministério da Justiça para o lançamento da nova edição da campanha nacional do desarmamento, chamada de "Tire uma arma do futuro do Brasil". O ato de lançamento está marcado para as 10h, com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
A campanha do desarmamento, inicialmente marcada para começar em junho, foi
antecipada depois da tragédia que aconteceu em Realengo, na Zona Oeste do Rio,
quando um homem de 23 anos entrou atirando em uma escola municipal no dia 7 de abril. A tragédia resultou na morte de 12 crianças e do atirador.
Após o lançamento, o ministro acompanha a destruição de um lote de mais de mil
armas recolhidas pelo Exército fora da campanha. O ato será realizado no alto forno da usina Presidente Vargas, na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Além de antecipada, a campanha terá diferenciais como a ampliação dos postos de
recolhimento. Na última campanha do desarmamento, encerrada em dezembro de
2009, somente os postos policiais podiam receber as armas.
Governo anuncia rede nacional para recolhimento de armas de fogo. Neste ano, locais como igrejas, lojas maçônicas e organizações não-governamentais poderão se cadastrar para atuar no recolhimento de armas a partir desta sexta.
O Ministério da Justiça informou que a lista dos postos de recolhimento será divulgada nos próximos dias. A arma que chegar até nós vai ser imediatamente inutilizada. Ela será danificada com uma marreta, que pesa uns quatro quilos. Com o número do protocolo, quem entregou a arma poderá procurar o Banco do Brasil para receber uma indenização, que variará de R$ 100 a R$ 300. Munições entregues não serão indenizadas. O custo da campanha está estimado pelo governo em R$ 10 milhões.
O governo prometeu ainda pagar a indenização pela entrega de arma entre 24 horas e 30 dias após a entrega. A expectativa do governo federal é ter, no mínimo, um posto de recolhimento de armas em cada município. As armas destruídas serão, posteriormente, encaminhadas para a Polícia Federal e, em seguida, para o Exército, que ficará responsável pela destruição total.