O jovem Wellington Menezes de Oliveira de 23 anos entrou em uma escola municipal na Zona Oeste do Rio ontem pela manhã, atirando contra alunos em salas de aula lotadas. O assassino foi atingido por um policial e se suicidou em seguida.
Segundo a diretoria do hospital para onde as vítimas foram levadas, 11 crianças
morreram, entre elas dez meninas e um menino e 13 ficaram feridas. As crianças têm idades entre 12 e 14 anos.
O atirador era ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, onde foi o ataque e de acordo com polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais. Ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma.
Segundo relatos de testemunhas, Wellington teria baleado duas pessoas ainda do lado de fora da escola e entrou no colégio dizendo que faria uma palestra.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele falou com uma professora e
seguiu para uma sala de aula. O barulho dos tiros atraiu muitas pessoas para perto da escola O sargento Márcio Alves, da Polícia Militar, fazia uma blitz perto da escola e diz foi chamado por um aluno baleado. "Seguimos para a escola. Eu cheguei, já estavam ocorrendo os tiros, e, no segundo andar, eu encontrei o meliante saindo de uma sala.
Ele apontou a arma em minha direção, foi baleado, caiu na escada e, em seguida,
cometeu suicídio", disse o policial. A escola foi isolada, e os feridos foram levados para hospitais. Os casos mais graves foram levados para o hospital estadual Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.
Motivação
O subprefeito da Zona Oeste, Edmar Teixeira, afirmou que Wellington Menezes
deixou uma carta em que contava ser portador do vírus HIV. Segundo a Polícia
Militar, ele era ex-aluno. Posteriormente, a íntegra da carta foi divulgada, e não havia menção a HIV.
De acordo com o coronel Djalma Beltrami, a carta de Wellington tinha inscrições
complicadas. “Ele tinha a determinação de se suicidar depois da tragédia”, contou
Beltrami. A carta foi entregue a agentes da Divisão de Homicídios.
Conhecido na escola por ser ex-aluno, ele teria entrado sob alegação de que iria fazer
uma palestra. Na carta encontrada com o atirador que abriu fogo dentro da Escola
Municipal Tasso da Silveira, Wellington Menezes de Oliveira fala de questões
religiosas e dá indícios de que o ataque foi premeditado, além de pedir perdão pelo
crime.
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