Vigilância Epidemiológica contabilizou de fevereiro até o último domingo 9.072 casos
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Os casos de conjuntivite não param de crescer. Segundo a Vigilância Epidemiológica, a média de aumento de uma semana é de mil casos da doença, alastrando o surto em Votuporanga.
Do início do surto no dia 27 de fevereiro até o último domingo, foram contabilizadas 9.072 pessoas infectadas pela conjuntivite. Somente na semana dos dias 27 de março a dois de abril, foram totalizados 1.718 casos e no período de 4 a 10 de abril, 1.299.
O primeiro estágio da conjuntivite é viral e tem como sintomas os olhos vermelhos,
líquido escorrendo, lacrimejante, fotofobia (dificuldade de ficar na claridade)
desconforto ocular; podendo durar de sete a dez dias.
Quando a conjuntivite viral evolui para a fase bacteriana, é um grau mais elevado de complicação e precisa de cuidado e tratamento adequado com especialista. A
Secretaria Municipal de Saúde disponibilizou álcool em gel para higienização correta das mãos no Mini-Hospital do Pozzobon “Fortunata Germana Pozzobon”, local centralizado para acolhimento dos pacientes acometidos pela conjuntivite em
Votuporanga.
Cerca de 15 suportes foram distribuídos pelos corredores do Mini-Hospital e
consultórios. Os pacientes do Mini-Hospital também podem contar com lenço de papel descartável para as mãos
Em recente entrevista, a diretora de Atenção Básica, Vera Dorigão, destacou que as pessoas infectadas não devem trabalhar pois coloca em risco seus colegas de profissão. "É aconselhável ficar 7 dias em casa e passar uma compressa de água gelada filtrada para diminuir o inchaço", disse.
Ela pediu que os cidadãos que estiverem com suspeita que busquem orientações junto aos postinhos. "É preciso que a família não passe o mesmo colírio e que sejam separados travesseiros e toalhas. Álcool em gel em tudo que se manuseia", finalizou.
Por conta da quantidade de casos em todo o país, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) solicitou aos médicos que orientem a população com 10 dicas
essenciais: 1) procurar sempre assistência médica quando surgir sinais de conjuntivite, 2) evitar a automedicação, 3) não usar colírios contendo antibióticos, pois a conjuntivite predominante nos surtos atuais é de origem viral, 4) lavar os olhos somente com água mineral, filtrada ou fervida, de preferência gelada, 5) não lavar os olhos com soro fisiológico ou água boricada), 6) lavar frequentemente as mãos, 7) usar somente lenços descartáveis ou gaze, 8) não compartilhar toalhas, maquiagem para os olhos, colírios e outras soluções, 9) trocar constantemente de fronhas; 10) evitar locais aglomerados, quando da ocorrência de surtos.
os próprios médicos e aos profissionais de saúde, o Cremesp lembra que devem: 1) lavar as mãos antes e depois do atendimento dos pacientes; 2) usar luvas estéreis durante o exame e a coleta de amostras, com descarte adequado, 3) verificar a esterilização sistemática de instrumentos utilizados para o exame oftalmológico e o diagnóstico, 4) contribuir com as autoridades de saúde na identificação e na notificação dos casos.