As investigações de desvio de verbas federais destinadas à área social começaram há alguns meses
Da Redação
A Polícia Federal de Jales cumpriu quatro mandatos de busca e apreensão na manhã de ontem, em função das investigações da Operação Sarc em Santa Clara d' Oeste no interior de São Paulo.
As investigações de desvio de verbas federais destinadas à área social começaram há alguns meses. O resultado do caso concluiu que a Prefeitura de Santa Clara d' Oeste por meio do Cras (Centro de Referência e Assistência Social) estava desviando recursos provenientes do Ministério do Desenvolvimento Social destinados ao custeio de cursos e palestras que seriam oferecidos à população.
Os mandados foram cumpridos na cidade de Santa Clara d' Oeste na sede do Cras, nas residências do coordenador do Centro do município e da proprietária de uma empresa de assessoria da cidade.
De acordo com a investigação, a Prefeitura firmou convênio para recebimento destes recursos, porém, alguns cursos e palestras não foram ministrados e mesmo quando foram realizados, as palestras eram proferidas por funcionários da própria prefeitura e em horário de expediente.
Nos dois casos, os valores eram recebidos por meio de notas fiscais emitidas por uma empresa de assessoria da cidade. A empresa é de propriedade da irmã do coordenador municipal do Cras.
Durante as buscas foram apreendidos vários documentos que comprovaram as irregularidades, inclusive indicando que há outras prefeituras da região que estão utilizando o mesmo artifício para desviar a verba pública federal.
Inicialmente, estima-se que os valores desviados nos últimos anos podem ultrapassar a quantia de quinhentos mil reais só no município investigado.
Todos os documentos apreendidos serão analisados com o intuito de verificar os beneficiários dos recursos recebidos indevidamente bem como confirmar a participação de outras prefeituras no esquema.
Segundo a Polícia Federal de Jales, que divulgou nota sobre a Operação Cras, se todas as informações forem confirmadas, os envolvidos responderão pelos crimes de peculato e fraude à licitação que juntos tem pena mínima de quatro e máxima de 16 anos de prisão.
No caso de condenação por improbidade administrativa, além da devolução da quantia desviada, os servidores públicos beneficiados pelo esquema criminoso poderão perder o cargo público.
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