Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Um dia após a intensa chuva que alagou vários pontos da cidade, os votuporanguenses vão descobrindo novos transtornos e armadilhas. Na manhã de ontem, um caminhão afundou em uma rua do Jardim Umuarama dando um grande susto no motorista. O asfalto cedeu devido às infiltrações causadas pela enxurrada.
O inusitado incidente ocorreu por volta das 9h15, na rua Ercole Sereno, entre as ruas Minas Gerais e Dona Maria de Freitas Leite. O caminhão Mercedes-Benz, de cor branca, com placa DWM-7289, de Votuporanga, carregado com tijolos, sacos de cal, cimento, argamassa e pedras, transitava pela rua fazendo entregas, a serviço de uma loja de materiais para construção.
O motorista do veículo, Alício Alves de Souza, de 52 anos, não sofreu ferimentos. Ele disse ao jornal A Cidade que o caminhão afundou de repente, causando-lhe um grande susto. "Foi tudo muito rápido. A roda traseira travou e afundou. Cheguei a pensar que era apenas um pneu estourado, mas o caminhão começou a afundar. Só deu tempo de sair da cabine", afirmou.
Souza disse que trabalha dirigindo caminhões há mais de 22 anos e que nunca passou por nada parecido. Funcionários da Saev e da Prefeitura chegaram rapidamente ao local para avaliar a situação. O secretário da Cidade, Marcos Vinícius Sanches, acompanhou os trabalhos. Duas máquinas Case W20E foram deslocadas para efetuar a retirada do caminhão.
Após cerca de 45 minutos de planejamento, funcionários prenderam correntes de aço entre as extremidades do veículo e as pás das máquinas. O trabalho de remoção do caminhão foi delicado, pois havia o risco de que a cratera aumentasse com o peso dos veículos de resgate. Calmamente, as máquinas conseguiram erguer o caminhão e retirá-lo sem maiores problemas.
Moradores
O afundamento do veículo deixou uma cratera de aproximadamente sete metros de
comprimento e 1,5 de profundidade no meio da rua e provocou a quebra de um cano de fornecimento de água. Durante todo o dia, funcionários da Saev e da Prefeitura trabalharam no local para sanar o problema.
Os moradores das proximidades acreditam que o problema aconteceu devido ao vazamento de uma galeria que passa sob o local, que, segundo eles, não foi suficiente para dar vazão à grande quantidade de água da chuva. A cuidadora de idosos Sílvia Helena Marcandelli, que mora em uma casa localizada na frente do incidente, contou à reportagem que este foi o terceiro caminhão que afundou no asfalto da rua nos últimos tempos.
Preocupada e acostumada com as enchentes, a moradora cobrou soluções para o bairro. "A galeria não está dando conta da água e acaba vazando, deixando o asfalto oco. Na chuva de anteontem, às águas das ruas Maranhão e Minas Gerais invadiram quase todas as casas do quarteirão. Se não arrumar corretamente esta galeria, pode ser que venha a morrer gente nesta região", alertou.
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