É o que indica balanço da Delegacia Seccional de Votuporanga; entre janeiro e outubro ocorreram 7 homicídios
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
A Delegacia Seccional de Votuporanga divulgou nesta sexta-feira um relatório de atividades desenvolvidas pela Polícia Civil no âmbito da Delegacia Seccional de Votuporanga, comandada pelo delegado Celso Reis Bento, no período entre os meses de janeiro e outubro de 2010. Em 10 meses foram registrados 13.535 boletins de ocorrência na área da Seccional, que compreende 23 unidades policiais dos municípios de Álvares Florence, Américo de Campos, Cardoso, Cosmorama, Floreal, Macaubal, Magda, Monções, Nhandeara, Parisi, Pontes Gestal, Riolândia, Sebastianópolis do Sul e Valentim Gentil, além de Votuporanga.
Em audiência pública realizada ontem à tarde na Câmara Municipal, com a presença de vários prefeitos e lideranças da região e de Antonio Mestre Júnior, diretor do Deinter-5 de São José do Rio Preto, Bento destacou que o setor de investigação local esclareceu 712 casos. Dos crimes mais graves, os homicídios, foram sete ocorrências. Delas, duas foram registradas com autoria conhecida e as outras cinco tiveram os supostos assassinos esclarecidos pelos investigadores.
Também foram destacados alguns casos específicos, em que a ação precisa das Policias Civil em pareceria com a Militar foi crucial para a solução de crimes. Foi citado como exemplo, o assassinato da jovem Priscila de Souza, morta e carbonizada em um canavial aos 22 anos, na estrada Adriano Pedro Assi em setembro.
De acordo com o delegado seccional, os policiais civis da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), agiram rápido no recolhimento de provas e através de diligências e identificaram o possível autor. Segundo informações do relatórios, Manoel Américo da Costa teria confessado ter matado a jovem e tentado forjar um roubo, alegando que colidiu seu automóvel contra uma árvore para se livrar dos bandidos.
A Polícia Cvil apresentou também suas ações de policiamento preventivo especializado, que combate o crime organizado na região, através de diligências e trabalhos de inteligência. No dia 12 de novembro, a Polícia Civil de Votuporanga apertou o cerco a estabelecimentos comerciais, especialmente bares, suspeitos de serem pontos de encontro para a realização dos chamados "jogos de azar".
A operação daquele dia foi coordenada pela delegada Edna Rita de Oliveira do Primeiro Distrito Policial de Votuporanga. Foram solicitados vários mandados de busca e apreensão e realizadas diligências em bares na Vila Marin, Bairro do Café, Vila América, Jardim Brasília e Pró-Povo. Em alguns pontos foram encontradas mesas específicas utilizadas para jogos de carteado e apreendidas fichas plásticas de vários quantias. Algumas delas apresentavam o valor de R$ 10 mil estampadas, o que indica que os jogadores arriscavam alto nas apostas.
Em outra ação preventiva, na Operação de Combate à Pirataria, foram apreendidos até outubro cerca de 6.769 CDs e DVDs falsificados.
Dise
A Operação de Combate ao Tráfico de Drogas também mostrou seus resultados. De acordo com Celso Reis Bento, a Dise realizou pelo menos três grandes apreensões de drogas em 2010. Foram recolhidos cerca de 26 quilos de maconha, 26 quilos de cocaína e 654 gramas de crack.
Um das ações mais expressivas aconteceu no dia 17 de setembro, em uma estrada municipal que liga os municípios de Valentim Gentil e Meridiano. Três traficantes foram presos e 21 quilos de pasta base de cocaína foi apreendida. Na época, o delegado Antônio Marques do Nascimento, disse que a operação aconteceu após 60 dias de investigação.
Os policiais flagraram os ocupantes de um automóvel Fiat Strada descarregando pacotes suspeitos em um matagal. Os indivíduos foram presos após os policiais verificarem que a mercadoria era na verdade embrulhos contendo pasta base, matéria prima para produção de cocaína, e outras drogas Cada um dos pacotes apreendidos seria comercializado ao preço de R$12 mil e renderia uma quantidade três vezes maior em drogas.
Leia na íntegra a versão online