Ministério Público pediu informações sobre trabalhos realizados; autarquia afirma que após reestruturação, material poderá ser entregue novamente
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
O Ecotudo da Zona Norte não recebe mais galhos de árvores trazidos pelos moradores da cidade. É que a reclamação dos moradores daquela região sobre o incômodo do pó da trituração dos galhos, chegou às mãos do promotor do Meio Ambiente, Marcus Vinícius Seabra, que pediu explicações à Prefeitura. Sendo assim, a Saev Ambiental optou, por si só, deixar de receber este material para poder se adequar e atender de forma melhor este setor. Vale destacar que os dois Ecotudo’s (sendo o primeiro localizado na Zona Sul da cidade), tornou-se referência para todo o Brasil, uma vez que recebe todo o lixo doméstico, colaborando para o descarte correto e meio ambiente.
Trabalhos
Em entrevista ao jornal A Cidade, o promotor Seabra explicou que no final de janeiro, os vereadores Jura e Meidão receberam reclamações constantes dos moradores vizinhos ao redor do Ecotudo da Zona Norte.
Segundo os vereadores, os galhos de árvores que eram trazidos pelos moradores para o descarte correto, estavam sendo queimados, o que acabou gerando uma fumaça indesejada. Ainda nos argumentos preliminares apresentados pelos vereadores, a área seria vulnerável a incêndios.
Com base nestas informações, o Ministério Público pediu para que a Prefeitura explicasse os procedimentos realizados em relação aos galhos de árvores recebidos.
Sendo assim, ainda de acordo com as informações passadas pelo promotor, a Prefeitura respondeu no último dia 8, alegando que no local existe uma área destinada para receber as podas, que têm destino à trituração. Devido a esta ação, estava havendo a emissão de pó para fora dos limites do Ecotudo.
“A Cetesb emitiu um auto de infração em 28 de agosto do ano passado referente a isto”, disse o promotor.
Passou-se então, a depositar temporariamente os galhos recebidos em um terreno vizinho ao Ecotudo, uma vez que será construído um barracão onde será feita a trituração dos galhos, evitando sair pó à atmosfera.
Seabra disse que a Prefeitura demonstrou lamento por ter incomodado os moradores, e que está trabalhando para que o problema seja resolvido, conforme justificado no processo.
Sendo assim, o MP comunicou a Vigilância Sanitária e a Cetesb no último dia 13, solicitando uma vistoria no local. “Queremos que, se algo for verificado como irregular, possa ser corrigido”, disse. O trabalho deve ser realizado dentro de 10 dias.