Grupo protestou contra o governador com cartazes e faixas ironizando o valor do benefício, apelidado de “vale coxinha”
Grupo protestou contra o governador com cartazes e faixas ironizando o valor do benefício, apelidado de “vale coxinha” (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Nem tudo foram flores para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante sua visita a Votuporanga ontem. Enquanto o chefe do Executivo paulista inaugurava a escola Colinas, um grupo de servidores públicos estaduais, ligados ao SindSaúde-SP (Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde do Estado), realizou uma manifestação em frente ao local. O protesto teve como principal alvo o valor do auxílio-alimentação pago aos trabalhadores do setor, apelidado pelos servidores de “vale coxinha”.
De acordo com a delegada sindical de base da região de Rio Preto, Maria Cecília, a categoria reivindica o cumprimento de promessas feitas pelo governo estadual. Segundo ela, profissionais da Secretaria da Saúde recebem atualmente R$ 12 por dia de auxílio para alimentação, enquanto servidores de outras pastas chegam a receber até R$ 37 diários.
“Um enfermeiro que trabalha em hospital público tem direito a R$ 12 por dia para se alimentar. A promessa era de apresentar um reajuste desse valor, mas o governador nem sequer apresentou uma proposta”, afirmou Maria Cecília.
A sindicalista também criticou o não pagamento do bônus prometido aos servidores que estiveram na linha de frente durante a pandemia da Covid-19. “O governo disse que o bônus seria pago em setembro, mas não veio nem em setembro nem em outubro. Estamos aguardando até agora”, disse.
Outras reivindicações apresentadas pelo grupo incluem a concessão de uma gratificação aos funcionários do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) e a revisão da chamada “prêmio de incentivo”, que beneficiaria também os aposentados.
Maria Cecília relatou que a categoria chegou a suspender uma greve após o governo sinalizar que atenderia parte das demandas, mas as promessas não foram cumpridas.
“A gente ficou em estado de greve, o governo não pagou e, por isso, voltamos às mobilizações. Já temos uma atividade marcada para novembro, em São Paulo. A saúde foi para a rua porque o governador não cumpriu o que falou”, concluiu.