A Black Friday é nesta semana e uma quantidade expressiva de estabelecimentos aderiram à campanha, segundo o presidente da ACV
O presidente da ACV, Carlinhos Matta, e o comerciante Christian Nakabashi acreditam que as vendas na Black Friday deste ano serão melhores (Fotos: A Cidade)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
Quem andou pela rua Amazonas, no centro de Votuporanga, nos últimos dias percebeu a mudança na maioria das vitrines. Cada estabelecimento comercial estampou, do jeito, as promoções e ofertas especiais para a Black Friday, que, oficialmente, é nesta sexta-feira (26).
Inclusive, o número de estabelecimentos que aderiram à campanha foi 35% maior, em comparação ao ano passado, uma alta que tem a ver com a melhora dos indicadores da pandemia e a retomada econômica do município. É o que disse Carlos Eduardo Ramalho Matta, o Carlinhos, que é presidente da ACV (Associação Comercial de Votuporanga), em entrevista ao jornal
A Cidade.
Expectativa
Graças a esse cenário em que, de um lado, a pandemia está relativamente controlada e, de outro, a economia dá sinais de retomada, Matta disse que a expectativa para a Black Friday desse ano é de 7% a 10% de aumento nas vendas.
“Havendo um controle, que a gente está vendo nesses últimos três meses, muito positivo da pandemia e essa retomada da economia, inclusive até de empregos, isso tudo está vindo a colaborar com uma Black Friday melhor [que a do ano passado]”, explicou o presidente da entidade.
Na loja Unika, que fica na rua Amazonas, a expectativa de aumento de vendas do comerciante Christian Nakabashi é ainda maior que a da ACV.
“A Black Friday sempre alavanca um pouco as vendas. A expectativa é aumentar em torno de 20% a 25% as vendas de sexta-feira para sábado. Nós já temos algumas promoções, como as sandálias, que estão com preços abaixo do custo hoje. Espero, na sexta, colocar mais alguns com preço abaixo do valor de custo”, contou Nakabashi.
O comerciante apontou, porém, que a inflação tem complicado a oferta de promoções e freado os consumidores na hora de comprar os produtos.
“Infelizmente, tem a inflação. As pessoas não estão entendendo muito bem o que está acontecendo, mas o preço do dólar disparou. Todo produto hoje que você vai comprar vem de fora [do país]. Os produtos ‘made in Brazil’ são poucos. Quando ele é feito no Brasil, o tecido é de fora, o zíper vem de fora, aí costura aqui. A mão de obra pode ser daqui, mas o resto vem de fora. Mas, o importante é que estamos passando pela pandemia, que está acabando. Tomara que não venha essa terceira onda. E vamos continuar vivos tocando o barco”, disse o comerciante.
Para o presidente da ACV, a Black Friday, que é uma campanha rápida, fomenta vendas e renda para o comércio local. E, para Carlinhos Matta, isso é algo “extremamente positivo”.
“O comércio está vindo de uma situação muito negativa, por conta da pandemia e agora a gente está vendo uma retomada. Isso está dando uma luz para todo mundo. O comércio todo foi muito afetado pela pandemia, o que mexeu demais na geração de empregos. Agora, com as coisas se encaixando nesse final de ano, tem números expressivos de contratações. Pessoa empregada é pessoa que gasta, né? É isso que gira a economia. Aquela redoma que volta a andar de novo”, finalizou o presidente da entidade.
Fim de ano
O dono da Unika também comentou sobre suas expectativas para as vendas no fim de ano, principalmente na época de Natal. No geral, Nakabashi acredita que as vendas nesse período também vão ser melhores, em comparação ao ano passado, graças à expectativa dos reencontros com familiares, com o avanço da vacinação contra a Covid.
“Eu acredito que todo mundo está com muita vontade se juntar, ver a família de novo no Natal e tudo mais. Então, acho que, por isso, as vendas vão aumentar. Antes, como não iam encontrar ninguém, não compravam muitas coisas. Mas, agora, acredito que as vendas vão aumentar entre 20% e 30%, em relação ao ano passado. As pessoas vão dar um jeito de gastar”, disse.