Da importância da espiritualidade na gestão ao diagnóstico precoce do câncer de mama, especialistas falam sobre diversos temas
Inclusão e cidadania nas relações contemporâneas, este foi o tema sobre o qual a oitava edição da Semana Cultural da Faculdade FUTURA (Imagens: Reprodução)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
Inclusão e cidadania nas relações contemporâneas, este foi o tema sobre o qual a oitava edição da Semana Cultural da Faculdade FUTURA – Grupo Educacional Faveni se debruçou esta semana. Foram dois dias de evento, realizado de maneira virtual no canal da faculdade no YouTube, em que se destacou a inclusão, produção científica, gestão e saúde em quatro palestras.
Os especialistas convidados ministraram palestras – que tiveram interações ao vivo com os alunos, com comentários e perguntas - sobre temas que foram desde a importância da espiritualidade na gestão ao diagnóstico precoce do câncer de mama. Este último assunto, inclusive, foi incluído na Semana Cultural por conta da campanha Outubro Rosa.
“A Faculdade Futura tem como missão desenvolver e preparar profissionais e cidadãos conscientes que visem aperfeiçoar seus projetos de vida de forma participativa, responsável, crítica e criativa”, disse o gestor de políticas acadêmicas e professor da Faculdade FUTURA, Tiago Moreno, na abertura do evento.
Os coordenadores, Prof. Me. Sileno Ortin (Administração, Ciências Contábeis e Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos) e Profª. Me. Elimeire Alves de Oliveira (Pedagogia), participaram da abertura dos dois dias.
A 8ª Semana Cultural também contou com o apoio da Escola do Legislativo de Votuporanga, o que fortalece a parceria entre a faculdade e a Câmara Municipal.
As palestras dos dois dias do evento estão disponíveis para serem assistidas no canal da FUTURA no YouTube.
Palestras
A primeira palestra do evento foi sobre a importância da espiritualidade na gestão, ministrada pelo professor Erondi Tamandaré Reis Pereira, que, atualmente, é vice-reitor, diretor geral do Centro Universitário Unisalesiano.
“Dá para termos uma ideia em relação a ser administrador, gestor e, ao mesmo tempo, cultivar a espiritualidade. São temas que, durante muito tempo, caminharam como se fossem antagônicos. Na realidade, mais do que nunca, hoje em dia são convergentes. Um contribui ricamente ao outro”, disse o professor, durante a palestra.
Em seguida, veio a palestra do Prof. Dr. Marcos Santos, que possui dois pós-doutorados, leciona matemática avançada no IME (Instituto Militar de Engenharia) e no MBA em Data Science e Analytics da USP, além de ter 600 pesquisas publicadas no Brasil e exterior. E esse foi justamente o tema da sua palestra: a pesquisa científica na formação superior. O professor falou sobre as definições de pesquisa científica e importância dela para a vida acadêmica dos alunos.
“Achei um tema oportuno porque, normalmente, vocês [alunos] acabam tendo contato com isso praticamente no final da faculdade ou no início do mestrado. Enquanto que, na verdade, eu considero que o momento mais oportuno para vocês terem contato com a importância da pesquisa científica é ao longo de toda a graduação”, explicou o professor.
No segundo dia do evento, a primeira palestra foi ministrada pelo Prof. Dr. Éder Pires de Camargo, que dá aula na Unesp de Ilha Solteira. Ele também coordena o grupo de pesquisa Encine (Ensino de Ciências e Inclusão Escolar) e, na Semana Cultural, falou sobre a inclusão do público alvo da educação especial no trabalho.
“Meu objetivo é tratar o tema da inclusão, um assunto muito importante que está em desenvolvimento no Brasil há pelo menos 30 anos. Um tema que, também, vem gerando controvérsias e interpretações distintas. Então, quero colocar meu entendimento sobre inclusão e falar dessa perspectiva no mundo do trabalho, trazendo o foco da inclusão do público alvo da educação especial”, explicou o professor, que tem deficiência visual.
Quem “fechou” a Semana Cultural da FUTURA foi a enfermeira – que também é pedagoga, especialista em enfermagem do trabalho e especialista em docência no Ensino Médio e Superior – a Profª Me. Marli Moretti. Sua palestra explorou como o diagnóstico precoce do câncer de mama pode salvar vidas. A enfermeira aproveitou a oportunidade para falar sobre a história da campanha Outubro Rosa, as características desse tipo de câncer, importância do autocuidado e deu orientações para isso.
“Quando a gente pensa no câncer de mama, até dizemos: ‘nos tocar é um ato de amor’. Que isso possa servir de alerta para que possamos praticar, de fato, o autocuidado. Atualmente, com a vida corrida, o autocuidado acaba ficando para depois. Mas isso jamais pode acontecer, por conta de possíveis alterações na glândula mamária”, alertou a enfermeira, durante a palestra.