O professor Edgard Andreata, do Senac de Votuporanga, pintou o retrato de uma enfermeira e falou ao A Cidade sobre suas inspirações
O professor e artista Edgard Andreata deu os toques finais à sua obra, em homenagem aos profissionais da saúde, no Senac de Votuporanga (Foto: A Cidade)
Da redação
Por trás da máscara e do olhar da enfermeira, uma homenagem e um alerta. Esse é o conceito que permeia a tela pintada por Edgard Andreata, na tarde de quarta-feira (7), no Senac de Votuporanga.
O jornal
A Cidade acompanhou o processo e conversou com o artista - que também é professor e atua nas áreas de artes e moda da instituição - sobre as inspirações (e intenções) da sua obra, que será doada para a Santa Casa de Votuporanga.
"Como aqui no Senac tem o curso de enfermagem, a gente está ainda muito próximo dos acontecimentos da pandemia e de como estão os hospitais. Então, a ideia da tela é fazer uma homenagem aos profissionais da saúde, mas também um alerta de que a gente tem que continuar se prevenindo, porque a pandemia ainda está aí", explicou artista.
Sobre ver a sua ideia concretizada na pintura, Andreata disse à reportagem que é uma experiência gratificante. "Na pandemia, acho que as artes vieram para tentar trazer ânimo para o pessoal, porque é um descanso para a mente. Está todo mundo tão exausto... então quando você chega num lugar e tem um trabalho de arte ou alguma coisa assim, acho que acaba relaxando um pouco a cabeça, o dia-a-dia e esse momento que a gente está passando", disse o artista.
A pintura
A tela, de 130 por 80 centímetros, traz o retrato de uma enfermeira - representando a área de profissionais da saúde - usando um equipamento de proteção individual que, do ano passado para cá, deixou de ser de uso exclusivo da área: a máscara. O elemento que mais chama atenção na "cena" é a estampa, que traz uma flor.
Elementos ligados à fauna e flora, aliás, são constantes no trabalho do artista. Na tela em questão, a escolha da flor não foi aleatória. Isso porque trata-se de uma açucena, tipicamente relacionada à América do Sul e ligada à cura.
"As açucenas têm propriedades medicinais conhecidas há séculos. Os índios faziam chás ou cataplasmas com suas flores para alcançar a saúde plena. Pela sua reconhecida capacidade de cura e regeneração, a açucena também é conhecida como uma das flores da esperança”, explicou o professor.