Giovana dos Santos, que cursa Direito, discorreu sobre o impacto da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em tempos de transformação digital
Giovana dos Santos, que cursa Direito na Unifev, teve seu resumo científico publicado nos anais do Congresso Internacional de Direito e Tecnologia (Fotos: Arquivo pessoal)
Da redação
Em apenas 248 palavras, a aluna de Direito na Unifev, Giovana dos Santos, conseguiu discorrer sobre o impacto da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em tempos de transformação digital.
Seu resumo científico sobre o assunto se destacou tanto no Conditec (Congresso Internacional de Direito e Tecnologia), realizado em maio, que chegou a ser publicado nos anais do evento (confira o resumo na íntegra no final desta reportagem).
"Me senti muito lisonjeada e feliz por ter um resumo científico publicado em âmbito internacional. É uma realização pessoal para mim e para a minha família, pois investimos muito em educação. Por exemplo, minha irmã [Kimberlyn] e eu somos acadêmicas de direito, minha mãe [Andréia] está concluindo o mestrado e meu pai já concluiu duas graduações e MBA", disse Giovana, que é filha do comandante do Tiro de Guerra de Votuporanga, Giovani Santana Gonçalves.
Processo
A aluna, que veio para Votuporanga no início deste ano e atualmente cursa o sexto semestre de Direito, participou do congresso com alunos, professores e palestrantes do Brasil e de Portugal.
Ela contou que precisou encarar um processo seletivo para submeter seu resumo científico ao evento. O tema tinha que ser algo relacionado a privacidade de dados e à nova LGPD, que entrou em vigor no ano passado.
"Não pensei duas vezes em escrever um resumo científico nas regras disponibilizadas por eles e participar. Escrevi sozinha o resumo científico", disse a estudante.
O resumo:
Impacto da nova Lei Geral de Proteção de Dados em tempos de transformação digital
Período atípico vivenciado desde o início de 2020 nos obrigou a mudar hábitos para que pudéssemos adaptar ao novo “novo” que viemos enfrentando até atualidade. O que eram rotinas diárias e corriqueiras, como, por exemplo, ir à escola ou enfrentar o trânsito em deslocamento para o trabalho, até mesmo a correria ao sair do seu emprego para passar em alguma loja dentro do horário de comércio, veio a ser algo extremamente diferente e até ultrapassado se levarmos em conta a praticidade que se tornou com a tecnologia. A mesma se tornou cúmplice do ser humano, com um simples dispositivo nos possibilitou acessar aulas, cursos, congressos e reuniões em tempo real através de aplicativos, assim como cresceram os números de acessos em lojas online e o negócio digital, todos esses exemplos citados possuem como semelhança o vasto armazenamento de dados pessoais que possa tornar a pessoa identificável, como CPF, endereço, telefone e dentre outras informações alojadas em sites que você se cadastra para obter um simples desconto na sua compra, aplicativos ao efetuar login e até mesmo aceitar os “cookies” sem saber a finalidade do acesso aos seus dados ao visitar determinadas páginas da internet, aumentando casos de crimes cibernéticos como phishing, fake news e principalmente vazamento de dados, exemplo esse que ocorreu em 2020 com a empresa Microsoft expondo mais de 250 milhões de dados, mesmo ano que entrou em vigor a LGPD que visa resguardar e responsabilizar o titular pela coleta, tratamento, armazenamento e exclusão das informações.