Caso aconteceu em janeiro deste ano. Ao ser flagrado com drogas, o acusado teria oferecido uma arma aos PMs para não ser preso
Além de tráfico de drogas, Ingrison Ricardo Miranda foi acusado de tentar subornar a polícia com uma arma de fogo (Foto: Divulgação PM)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
O juiz da 1ª Vara Criminal de Votuporanga, Jorge Canil, condenou a oito anos de prisão um traficante acusado de tentar subornar policiais para não ser preso. O caso aconteceu em janeiro deste ano, na rua Bahia, bairro Patrimônio Novo, resultando na apreensão de porções de maconha e cocaína, bem como uma arma de fogo, calibre 32, e na prisão em flagrante de Ingrison Ricardo Miranda, de 23 anos.
De acordo com os autos do processo, a Força Tática da PM fazia patrulhamento pelo bairroquando recebeu uma denúncia deque um indivíduo procurado pelaJustiça estava naquele endereço. Os militares se deslocaram então até lá e viram por cima do muro quando o suspeito tentou fugir pelos fundos da casa.
Diante dos fatos, os militares invadiram o imóvel e conseguiram interceptar Ingrison antes que ele fugisse. Dentro da residência foram encontradas porções de maconha e cocaína, além de uma balança de precisão e supostas anotações do tráfico, motivo pelo qual lhe foi dada voz de prisão em flagrante.
Neste momento, de acordo com a denúncia, o acusado teria tentado subornar os policiais, lhes oferecendo uma arma de fogo em troca de sua liberdade. Os PMs rejeitaram a oferta e fizeram com queIngrisonlhes levasse até onde estava escondida a arma, em uma chácara de Parisi.
Em sua defesa o suspeito alegou que não era traficante, mas sim usuário de drogas e que as anotações do tráfico não lhe pertenciam, mas sim ao seu fornecedor de drogas, afirmando que as guardava para abater na dívida de entorpecentes. Sobre a arma ele disse que era herança de seu avô.
Pelo exposto, Ingrison foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo, mas acabou sendo absolvido da acusação de corrupção ativa, ao tentar subornar os policiais, por falta de provas. As penas somadas totalizam oito anos de prisão.
Outro lado
Procurada, a defesa de Ingrison não quis se manifestar.