O objetivo, segundo o Estado, é arrecadar mais de R$ 447 milhões com as concessões dos 22 aeroportos, dentre eles o Domingos Pignatari
O edital de leilão do aeroporto de Votuporanga e mais 21 no Estado foi aberto ontem com previsão de R$ 447 milhões de investimento (Foto: Prefeitura de Votuporanga)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
O Governo de SP lançou ontem o edital de concorrência internacional para leilão da concessão do aeroporto de Votuporanga, Domingos Pignatari, e de mais 21 aeroportos regionais, atualmente administrados pelo Estado São Paulo. A previsão é de mais de R$ 447 milhões de investimento por parte da iniciativa privada.
Os aeroportos estão divididos em dois blocos: o Noroeste, que é encabeçado pelo aeroporto de São José do Rio Preto, além dos aeroportos comerciais de Presidente Prudente, Araçatuba e Barretos, bem como dos aeródromos de Assis, Dracena, Votuporanga, Penápolis, Tupã, Andradina, Presidente Epitácio e o Sudeste composto por 11 unidades, cuja principal é a de Ribeirão Preto, além de Bauru-Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Franca, Guaratinguetá, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel.
Para o grupo ao qual Votuporanga pertence estão previstos R$ 181,2 milhões de investimentos ao longo do contrato de concessão, que é de 30 anos, sendo os valores distribuídos para ampliação de capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação. Estão previstos para os primeiros quatro anos de operação investimentos de R$ 62,3 milhões.
“A aviação regional é grande indutora de desenvolvimento econômico. Com os investimentos da iniciativa privada, com aeroportos oferecendo melhores serviços, induzimos novos negócios em logística com centros de distribuição, rede hoteleira e outros ativos imobiliários que se incorporam à economia da região”, afirma o Vice-governador Rodrigo Garcia.
Além do fomento ao desenvolvimento da aviação regional, uma das grandes vantagens da concessão dos aeroportos à iniciativa privada, segundo o governo, é a desoneração do estado aliada à realização de investimentos nos ativos aeroportuários, melhorando a qualidade dos serviços disponíveis à população paulista, assim como incentivando o desenvolvimento da economia ligada ao setor.
“O projeto de concessão dos aeroportos terá grande relevância com a retomada da economia. Trará expressivos investimentos para cada uma das unidades e desenvolvimento para as regiões e o Estado”, afirma o secretário de Logística e Transporte, João Octaviano Neto.
Dos 22 aeroportos, seis já contam com serviços de aviação comercial regular e 13 com potencial de se desenvolver como novas rotas regulares durante a concessão, como é o caso de Votuporanga, onde já até foram anunciados voos comerciais, porém ainda sem sucesso.
Concessão
Serão vencedores de cada um dos lotes os concorrentes que apresentarem a maior oferta de outorga fixa. O concessionário vencedor deve fazer investimentos obrigatórios nos aeroportos já na primeira fase da concessão, nos primeiros quatro anos. Os demais investimentos na modernização e ampliação da infraestrutura estão previstos ao longo do período contratual.