As entrevistadas pelo A Cidade disseram que a expectativa é das vendas aumentarem e que o comércio não volte a fechar
Comerciantes Sueli dos Santos, Erica Oliveira e Gabriele Tomasio se dizem felizes e aliviadas por poderem reabrir as portas dos estabelecimentos (Fotos: A Cidade)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
O comércio de Votuporanga pôde reabrir as portas na segunda-feira (19), graças à liberação presente no decreto municipal publicado no fim semana, que acompanha a Fase de Transição do Plano SP até 30 de abril. Depois de mais de 30 dias fechados, a reportagem do jornal
A Cidade percorreu o centro do município e conversou com donas e gerentes de estabelecimentos comerciais que, agora, podem atender os clientes presencialmente, desde que dentro do limite de 25% da sua capacidade.
Entre elas, houve o consenso de felicidade e alívio em poder reabrir suas portas e o contato (respeitando os protocolos sanitários, claro) com os seus clientes.
"Estamos muito felizes por retomar [as vendas]. Espero que não pare mais e que a vacina venha mais rápido. Tudo vai se ajeitar, se Deus quiser", disse Sueli Martins dos Santos, dona da loja de roupas Sueli Center.
A comerciante contou que no período em que vigorou a Fase Emergencial do Plano SP e o lockdown, vendeu 20% do que venderia num mês normal. E acrescentou que se continuasse sem poder abrir sua loja por mais 15 dias, precisaria demitir parte das suas funcionárias.
Agora, ela se mantém esperançosa de que tempos melhores virão e tem suas prioridades muito claras. "Acho que agora vai engrenar, não vai fechar mais não. É o que a gente espera. Eu sei que o prejuízo maior é a perda da vida. Então o importante é a gente sobreviver, passar por essa fase difícil e depois a gente retoma", disse Sueli.
Para Erica Oliveira, gerente da loja do Boticário, essa retomada exige cuidado redobrado na hora de atender os clientes. "É um alívio poder voltar. Não ao normal, mas, pelo menos, [voltar] na medida do possível. E agora é cuidado redobrado, porque as pessoas vão entrar na loja. Tem que se cuidar muito mais do que antes, porque tem mais contato", disse a gerente.
Ela contou à reportagem que as vendas sofreram uma queda de "40% ou mais" durante o período mais restritivo das medidas. Mesmo podendo entregar os produtos por delivery, a gerente disse que a impossibilidade dos clientes os experimentarem impactou negativamente as vendas.
"Agora a gente consegue respirar um pouco, para também conseguir manter a equipe. Faz um ano que estamos nessa pandemia, mas não teve demissões aqui. Agora nós temos que recuperar", disse Erica.
A Gabriele Cristina Tomasio, gerente da loja Magu Celulares e Presentes, disse que poder reabrir está sendo ótimo para as vendas do estabelecimento.
"Estamos tendo bastante clientes mandando mensagem e querendo vir até a loja. Parece que eles estão querendo ficar preparados e ter tudo. Tem gente que já está até perguntando de presentes para o Dia das Mães, para comprar e deixar garantido, caso feche de novo", contou a gerente.
Ela estima que o prejuízo, com as medidas restritivas, foi de 40% a 50% nas vendas. Um impacto que, para Gabriele, foi muito grande para a loja.
"Agora a expectativa é que [as vendas] aumentem bastante. Está tendo bastante procura a mais, porque acho que o pessoal está com medo de fechar. Então as vendas já estão aumentando", disse ela.
Novo decreto
Durante a vigência do novo Decreto Municipal, os estabelecimentos comerciais em geral poderão atender presencialmente com 25% da capacidade, das 9h às 17h, mantendo os protocolos sanitários disciplinados pelo Plano SP, como o uso de álcool em gel, uso obrigatório de máscaras e distanciamento social.
A publicação também permite o funcionamento de feiras livres de segunda a sexta, das 12h às 20h. No entanto, continua proibido consumo no local. Já as indústrias poderão atuar com 100% da capacidade.