Cidade
Câmara recebe ‘Pacotão de Natal’ para os servidores de Votuporanga
Projetos, porém, não entraram em pauta por falta de assinaturas, mas já receberam críticas contundentes na Casa de Leis
publicado em 09/12/2020
Emerson e Osmair se posicionaram contrários ao que foi apelidado de ‘Pacotão de Natal’ (Foto: Câmara Municipal)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
A Câmara Municipal de Votuporanga recebeu na sessão ordinária de anteontem, o que o vereador Emerson Pereira (PSDB) chamou, ironicamente, de “Pacotão de Natal” para os servidores municipais. Trata-se do projeto para suspensão dos repasses patronais ao Votuprev (Instituto de Previdência Municipal) e o que tira a obrigatoriedade de nomeação de 50% dos cargos comissionados para servidores efetivos.
As iniciativas partiram do poder Executivo, que as justificou como sendo necessárias para “preservar a subsistência do Ente público municipal diante da crise financeira instaurada pela pandemia do coronavírus” e “não comprometer a autonomia política” da próxima administração municipal, já que o segundo projeto teria partido da comissão de transição nomeada pelo prefeito eleito Jorge Seba (PSDB).
Essa é a terceira vez que a suspensão dos repasses patronais ao Votuprev volta ao Legislativo. Nas outras duas oportunidades o projeto foi rejeitado depois de muita polêmica nos bastidores e do envolvimento do Sindicato dos Servidores Municipais, que se manifestou contrário à propositura.
O vai e volta do projeto irritou o vereador Osmair Ferrari (PSDB) que foi à Tribuna na sessão de anteontem protestar contra a iniciativa e declarar seu voto contrário. Segundo ele, os vereadores não têm culpa de uma má gestão.
“Ninguém aqui tem culpa dos gastos que ele (prefeito João Dado) fez extra, agora quer jogar o problema para a Câmara? Eu votei contra, mas todos sabem que de 11% passou para 14% a alíquota de contribuição dos servidores, está descontando sagrado deles. Eles têm que pagar e o patronal não pode, não tem dinheiro. Só que não para de fazer obras, inaugurando obelisco, nada contra as obras, elas são necessárias, mas se não tem dinheiro não faça. Estão esquecendo dos R$ 20 milhões que o próximo prefeito terá que pagar e agora mais R$ 2,7 milhões, é um absurdo”, disse o edil.
Já Emerson Pereira (PSDB) foi além e classificou as iniciativas como “um pacotão de Natal aos servidores públicos municipais”, com a retirada de mais direitos do que, segundo ele, já foram tirados durante essa gestão.
“Esses projetos não têm o apoio desse vereador. Sacanagem absurda que estavam tentando fazer contra os servidores públicos municipais, servidores esses que carregam a Prefeitura de Votuporanga e que não foram valorizados, principalmente nessa atual gestão, onde só foram lhes retirados os seus direitos, então esse vereador não seria favorável a uma aberração como essa que o Executivo estava tentando empurrar goela abaixo”, bradou ele.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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