Diversas famílias passaram a tirar a renda da básica para o pagamento de contas do trabalho informal na cidade
Diversas famílias passaram a tirar a renda da básica para o pagamento de contas do trabalho informal na cidade (A Cidade)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
O trabalho informal tem sido a principal alternativa encontrada pelos votuporanguenses para driblar a crise econômica provocada pela pandemia de coronavírus. Tanto quem foi demitido, como quem está impedido de trabalhar busca na criatividade uma forma de manter o sustento de suas famílias.
Fernanda Vieira Felício, dona do Seu Bar, recém-inaugurado em Votuporanga, é uma dessas pessoas que estão se virando. Segundo ela, nas primeiras duas semanas o bar tentou se adaptar ao sistema de delivery, mas não deu certo.
“Acabou não compensando para a gente permanecer o delivery, porque o bom do nosso bar é ir até lá sentar com amigos, familiares”, afirmou. Diante disse ela não viu outra alternativa se não suspender os contratos de seus funcionários. “Eles estão recebendo as parcelas do seguro desemprego, isso já me ajudou!”, completou.
Vivendo o cotidiano da quarentena, sobrevivendo do tédio e devorando séries, Fernanda se sentia incomodada de estar naquela situação, juntou o seu amor à culinária para fazer bolos caseiros. “Me surgiu a ideia de fazer bolo caseiro, em preço acessível, que chame atenção e em boa qualidade, e graças a Deus estou tendo retorno”, comentou. “É o que está me ajudando para colocar o que comer dentro de casa e tentar pagar algumas contas”, concluiu.
Bruno Vicente de Sousa, que trabalhava em uma fábrica de móveis que foi fechada devido à pandemia está fazendo revenda de pão de queijo como uma forma de cobrir as despesas. Ele disse que trabalhar neste ramo, foi após muita procura e conversa com conhecidos.
“Quando fui dispensado, busquei com os meus amigos, que tem bastante conhecimento, e fui perguntando se sabiam de algum emprego. Meu amigo Marcão Brás, ele é dono dessa fábrica de pão de queijo, me fez a proposta e eu aceitei”, comentou Bruno.
Com as revendas, Bruno disse que alcança um bom rumo com o dinheiro arrecadado. “Os primeiros dias foram os mais difíceis, mas agora eu consigo me virar com as vendas do pão de queijo é o que tem salvado a minha vida”, finalizou.