O primeiro entrevistado é o biólogo votuporanguense Clodoaldo Lima, que mora na França, perto do principado de Mônaco
Clodoaldo vive na França, em um povoado na fronteira da Itália, atual epicentro do Covid-19 (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
De acordo com os últimos dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mais de 368 mil pessoas estão infectadas, ao redor do mundo, com o novo coronavírus e outras 16 mil já perderam a vida em decorrência de complicações da doença. No Brasil, 34 pessoas morreram e outras 1.891 testaram positivo, além de outras milhares que aguardam a confirmação dos exames.
Diante desse quadro, o mundo inteiro começou a implementar medidas de contenção à pandemia. O cenário no Brasil todos estão acompanhando, mas a partir de hoje o jornal A Cidade irá trazer uma série com relatos de votuporanguenses sobre as mudanças provocadas pelo Covid-19 nas suas rotinas em outros países.
O primeiro entrevistado da semana é o biólogo Clodoaldo Lima, de 38 anos. Já há algum tempo ele reside na França, próximo ao principado de Mônaco. O país que ele escolheu para viver já contabiliza mais de 16 mil casos e 600 mortos, mas a grande preocupação está com a vizinha, Itália, território com o maior número de casos da doença depois da China (onde a epidemia começou) e onde o novo vírus mais matou – cinco mil mortos.
“Para não deixar que a doença chegue aqui, o pessoal entrou em estado de atenção máxima. Todo mundo está proibido de sair na rua, a não ser para fazer compra de comida e remédios ou para trabalho em áreas específicas. Não é qualquer um que pode sair para a rua e se sair tem que estar com atestado e um documento comprovando onde está indo e um motivo razoável para sair, sobe pena de multa”, contou.
Apesar de ser biólogo, Clodoaldo atua no exterior como professor de música e toca em bares franceses. Desde que a epidemia chegou à Europa, no entanto, ele e outros profissionais estão impedidos de trabalhar.
“Por aqui todas as profissões paralisadas.O governo está ajudando um pouco, cortou algumas contas, como a energia, por exemplo. As pessoas estão com muito medo, mas isso é natural e é o medo que nos permite não entrar em canoa furada”, completou.
Apesar da grande quantidade de casos, estima-se que epidemia da França não tenha chegado ao seu auge. “Então gostaria que vocês aí no Brasil também tivessem esse cuidado de se manterem isolados para que isso não se alastre de forma tão rápida, pois é grave”, concluiu o votuporanguense.