Ao jornal A Cidade, a médica Regina Silvia Chaves de Lima, infectologista da Santa Casa de Misericórdia de Votuporanga, explicou que existem estudos nos Estados Unidos
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também comentou sobre o medicamento (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Bastou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falar que o medicamento hidroxicloroquina (ou cloroquina) foi aprovado no país para tratamento contra o novo coronavírus para que muitas pessoas fossem atrás do remédio. Em São José do Rio Preto, é grande a procura pelo medicamento.
Ao jornal A Cidade, a médica Regina Silvia Chaves de Lima, infectologista da Santa Casa de Misericórdia de Votuporanga, explicou que existem estudos nos Estados Unidos com estes medicamentos e são promissores. “Mas cientificamente não há comprovação. No Brasil, não está liberada para o tratamento do Covid-19, apenas para doenças que já se usavam, como malária, por exemplo”, comentou.
Também preocupada com notícias veiculadas na internet, sobre medicamentos que supostamente teriam eficácia no tratamento contra o novo coronavíruis (Covid-19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota alertando sobre os riscos que a automedicação pode causar para a saúde.
A nota fala especificamente dos medicamentos que contêm hidroxicloroquina e cloroquina. De acordo com a agência, esses medicamentos são usados para tratamento da artrite, lúpus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária. “Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da Covid-19. Portanto, não há recomendação da Anvisa, no momento, para a sua utilização em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus”, explica a Anvisa.