Segundo o hospital de Votuporanga, de janeiro até esta segunda-feira, foram realizadas 78 doações de córneas, quatro rins e um fígado
Após a autorização da família, as captações são realizadas no centro cirúrgico da Santa Casa (Foto: Santa Casa)
Érika Chausson
erika@acidadevotuporanga.com.br
Cada vez mais parece que as pessoas estão se conscientizando sobre a doação de órgãos. Um reflexo desta atitude é o aumento das captações realizadas de janeiro até esta segunda-feira na Santa Casa de Votuporanga se comparada com o mesmo período de 2018. Segundo o hospital informou o A Cidade, até o momento foram realizadas 78 captações, sendo 78 de córneas, quatro de rins e um fígado.
De janeiro a agosto do ano passado, foram realizadas doações de 55 córneas e dois rins. Já durante todo o ano, 116 captações de órgãos foram realizadas pela Comissão Intra-Hospitalar de Transplante (CIHT), sendo 115 córneas e dois rins. A doação mais comum é a de córnea e a menos é de tecido.
Em Votuporanga, o serviço iniciou em 2012 e após constatação do falecimento, seja por causa de morte encefálica ou parada cardiorrespiratória, a Santa Casa conscientiza a família sobre o termo de consentimento de doação.
“É realizada uma força-tarefa da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) para que um familiar, que pode ser de até segundo grau de parentesco, autorize a doação dos órgãos por escrito. Portanto, não basta a pessoa querer ser um doador de órgãos, a família também precisa saber para que o processo possa acontecer”, explicou a coordenadora de Enfermagem da CIHDOTT, Kelly Almeida.
Após a autorização da família, as captações de órgãos são realizadas no centro cirúrgico da Santa Casa de Votuporanga, que é todo equipado para o serviço. As operações não seguem um dia específico, já que dependem do consentimento da família, da disponibilização e alocação dos órgãos e tecidos.
Conforme o hospital, mesmo que a pessoa tenho o desejo de ser doador de órgãos, é extremamente importante comunicar os familiares, porque a decisão é tomada exclusivamente pela família. “O hospital, em conjunto à Comissão, está trabalhando ativamente essa conscientização e a expectativa é que todas as pessoas conheçam como funciona esse processo de doação, se sensibilizem e compreendam o quanto é importante essa atitude para salvar vidas”, finalizou.
A Santa Casa está vinculada ao Hospital de Base de São José do Rio Preto, por meio da equipe da OPO – SJPR (Organização de Procura de Órgãos do Hospital de Base), que promove a ligação com a Rede Nacional de Transplantes.