A manifestação aconteceu na manhã desta sexta-feira e teve início na praça São Bento, em Votuporanga
Segundo a organização do movimento ‘Greve Geral’, a manifestação reuniu aproximadamente 200 pessoas (Foto: Érika Chausson/A Cidade)
Érika Chausson
erika@acidadevotuporanga.com.br
Assim como diversas cidades do Brasil, Votuporanga também participou, na manhã desta sexta-feira, do movimento denominado ‘Greve Geral’, que teve concentração na praça São Bento e seguiu, com carro de som, até a Concha Acústica “Professor Geraldo Alves Machado” da cidade.
Segundo a organização do ato, a manifestação reuniu aproximadamente 200 pessoas. Já a Polícia Militar disse que compareceram cerca de 100 pessoas. Representantes da Apeoesp (Sindicato dos Professores e Ensino Oficial do Estado de São Paulo), dos Sindicatos dos Moveleiros, Sindicato dos Bancários, Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação), entre outras entidades participaram da manifestação contra, principalmente, a reforma da Previdência.
De acordo com o professor José Carlos Ribeiro, conselheiro da subsede da Apeoesp, além de ser contra a reforma da Previdência, o movimento também lutou contra os cortes na educação e os “ataques do governo Doria”. A Associação, inclusive, preparou uma cartilha para explicar o que significa a PEC 6/2019 – reforma da Previdência – encaminhada pelo governo à Câmara dos Deputados.
Conforme o representante da Sinasefe, Michael Bomm, em conversa com o jornal A Cidade, a mobilização organizada nacionalmente pelos sindicatos e entidades tem o intuito de levar a público informações sobre a reforma. “Como não vai diminuir as desigualdades sociais essa reforma proposta pelo governo, estamos reivindicando também a capitalização da Previdência, que não é uma saída para a gente contornar qualquer problema fiscal, aliás, problemas fiscais são diferentes de problemas previdenciários”, falou.
O representante da Sinasefe ainda disse que se há algum déficit de aposentadoria, ela deve ser pensada enquanto direito social, enquanto fluxo de caixa propriamente da Previdência e como o dinheiro será gasto. “Isso não pode ter haver com o equilíbrio fiscal das contas públicas e temos outros problemas nos déficits fiscais das contas públicas como, por exemplo, o déficit da dívida e juros que a gente paga, que são muito mais emergentes e impactam muito mais”, finalizou.
No período da tarde desta sexta-feira, após às 16h, haverá uma aula pública com a participação da União dos Estudantes e alunos do IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo), no Centro do Trabalhador, para falar sobre o assunto.