A proposta do Poder Executivo para o reajuste dos servidores públicos municipais foi votada e aprovada na noite desta terça-feira
O projeto de reajuste dos servidores públicos municipais foi votado e aprovado (Foto: Câmara Municipal)
Daniel Castro
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Foi acalorada e acirrada a votação do reajuste do salário dos servidores públicos municipais na noite desta terça-feira na Câmara Municipal de Votuporanga. No final, deu empate, então coube ao presidente Mehde Meidão (PSD) – que não participou da votação – desempatar e votar favorável em “benefício aos servidores”.
Votaram contra os vereadores Osmair Ferrari (PP), Marcelo Coienca (MDB), Emerson Pereira (SD), Missionária Edinalva Azevedo (PRB), Silvão (PSDB), Rodrigo Beleza (SD) e Serginho da Farmácia SD).
O vereador Marcelo Coienca (MDB) foi o primeiro a falar sobre o projeto. Na opinião dele, é evidente que o Poder Executivo poderia melhorar o reajuste, já que os aumentos do IPTU e da tarifa de água foram maiores. “No plano de governo do prefeito, está escrito ‘adotar uma política remuneratória buscando a valorização do quadro’. Então, cadê essa valorização?”, questionou.
Osmair Ferrari (PP) contou que os vereadores reivindicaram ao prefeito João Dado um aumento maior, o que não foi atendido. “Cada vereador vota com a sua consciência, mas eu voto contrário ao projeto”, disse.
Emerson Pereira (SD) observou que os servidores estão muito descontentes com o reajuste proposto pela Prefeitura de Votuporanga. Ele disse saber que os municípios passam por dificuldades, no entanto acredita que um aumento maior é necessário. “Muitos funcionários se queixam de trabalhar 24 horas pela Prefeitura e ganham tão mal, enquanto cargos em comissão ganham muito mais”, contou.
Antônio Carlos Francisco (SD) também lembrou que os legisladores reivindicaram um melhor reajuste. Ele, inclusive, tentou arredondar de 3,94% para 4%, o que não foi possível. Silvão (PSDB) declarou que “o prefeito não valoriza nem vereador, quem dirá funcionários”. “Sei que tem pessoas ganhando R$ 5 mil, mas não deveriam ganhar mil”, falou.
Para a vereadora Edinalva Azevedo (PRB), o aumento poderia ser melhor e o prefeito deveria conversar mais com os parlamentares sobre o dissídio.
Chandelly Protetor (PTC) não gostou da proposta, mas disse que vota a favor porque, caso contrário, os trabalhadores não terão aumento.
Dr. Ali (PV) alegou que existe uma lei de responsabilidade fiscal, que não pode ser desrespeitada pelo chefe do Executivo, portanto não se pode conceder um aumento fora das possibilidades.
Daniel David (PV) disse que o Brasil passa por um momento complicado economicamente e muitas empresas privadas não têm esse reajuste de 3,94%. “É melhor o pouco do que nada”.
O Professor Casali (PSD) contou que o prefeito mostrou números reais sobre a economia. “Nós estamos falando de um impacto de mais de R$ 4 milhões”.
Rodrigo Beleza (SD) explicou que a votação é de uma “reposição de percas”. “Aumento é questão de planejamento. Estamos olhando pela Prefeitura, mas será que estamos olhando para o servidor como eles merecem?”.