O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Votuporanga rebateu as críticas de trabalhadores de que o órgão não defende a classe
O presidente do Sindicato, Inácio de Oliveira Pereira
Daniel Castro
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O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Votuporanga rebateu as críticas de trabalhadores de que o órgão não defende a classe. O presidente do Sindicato, Inácio de Oliveira Pereira, defendeu que os funcionários insatisfeitos formem uma comissão e conversem com o prefeito João Dado. “O prefeito não morde”, afirmou.
Na manhã do último sábado, cerca de 70 servidores fizeram uma manifestação contra a Prefeitura. Vestidos de preto, eles reivindicavam mais valorização dos trabalhadores. Muitos deles não estão contentes com o trabalho do Sindicato, e uma das organizadoras do ato disse que “o Sindicato não nos representa”.
Inácio conversou com A Cidade e explicou que o Sindicato defende, inicialmente, os funcionários filiados, mas, consequentemente, todos os demais são beneficiados com as conquistas. Sobre a afirmação de que o órgão não protege os trabalhadores, ele observou que dos cerca de 70 servidores da manifestação, a grande maioria não é filiada. “Nós defendemos os filiados”, apontou.
O presidente comentou sobre a reclamação do fim do 14º salário. Ele lembra que a remuneração já foi extinta em vários municípios, e em Votuporanga “por sorte, os servidores não perderam nada com a mudança”. Conforme ele, atualmente mais de 25 cidades da região tiveram o 14º finalizado pela Justiça, e os trabalhadores não ganharam nada. “Tivemos sorte”, falou.
Ainda segundo o líder sindical, a maioria dos que participaram do ato são da área da saúde, justamente quando o Sindicato busca a negociação para redução de carga horária de trabalhadoras da saúde (controle de zoonoses e agentes comunitários). “Aí fica complicado negociar”, comentou.
Na opinião de Inácio, os servidores deveriam formar uma comissão e agendar uma conversa com o prefeito João Dado. “Eles poderiam conversar [com o chefe do Executivo]. Gente, o prefeito não morde não”, afirmou. Ele garante também que os manifestantes nunca buscaram o apoio do Sindicato e que, inclusive, pediram para o órgão “não se meter”. “Se eles são contra [o Sindicato], não podemos fazer nada”, concluiu.