O acusado já foi identificado, mas informações dão conta de que mais pessoas estão envolvidas nesse tipo de golpe na cidade
Considerado referência e com atendimento totalmente sem custos aos pacientes, através do SUS (Sistema Único de Saúde), além de ser o maior e mais moderno hospital especializado em oncologia da América Latina, o Hospital do Câncer constantemente acaba tendo o nome da instituição usado por criminosos para aplicar golpes na população. Em Votuporanga, populares reclamaram que uma pessoa estava pedindo donativos e dinheiro em nome do Hospital de Câncer. O acusado já foi identificado, mas informações dão conta de que mais pessoas estão envolvidas nesse tipo de golpe na cidade. O coordenador do hospital em Votuporanga, Antonio Carlos Curte, esteve nos estúdios da Rádio Cidade, com intuito de orientar e prevenir a população sobre esse tipo de crime.
Segundo o coordenador, ele recebeu uma ligação denunciando que uma pessoa estava na rua Amazonas, no centro, pedindo dinheiro em nome do Hospital do Câncer de Barretos. “Na hora eu me desloquei e uns comerciantes já me esperavam na porta de seus estabelecimentos, mostrando em que direção ele (o suspeito) tinha seguido, me acompanharam e nós encontramos ele na praça central, perto da Matriz. Quando eu questionei ele falou que realmente estava pedindo para o hospital, que ele ia reverter esse dinheiro para o hospital, mas não era nada disso que depois a polícia chegou, nós fomos até a delegacia”, relatou.
Antonio Carlos contou ainda que o suspeito ao ser questionado na delegacia acabou confessando que o dinheiro era para cobrir despesas com sua casa. O homem teria dito ainda que caso após usufruir desse dinheiro sobrasse alguma quantia, seria revertida ao hospital, mas que não sabia onde entregar.
O coordenador explica que mesmo ele como responsável pelas campanhas do município, bem como qualquer outro voluntário, está proibido de pedir dinheiro em nome do Hospital de Câncer de Barretos. “É caso de polícia, nem eu sou autorizado a pegar dinheiro, nós só pegamos doações quando temos leilões, e agora que estamos vendendo kits, mas pegar dinheiro não”, reforçou Curte.
As doações em dinheiro, explica Curte, caso alguém queira fazer, deve ser depositada diretamente em uma conta do próprio hospital. Outra maneira de realizar doações em espécie é através da revista do Hospital de Câncer, no qual a pessoa já recebe um boleto para pagamento.
Antonio Carlos Curte complementou explicando sobre outro golpe que vem acontecendo, no qual pessoas utilizando camisetas da caminhada “Passos que Salvam”, que estão sendo vendidas em prol ao hospital, como se fossem uniformes e pedindo dinheiro nas residências se passando por representantes da instituição e pedindo dinheiro. “O povo de Votuporanga é muito solidário e acabam dando dinheiro, mas não façam isso”, finalizou esclarecendo que não existem pessoas credenciadas que recolhem doações para o hospital. (Colaborou Rivaldo Silva)