Por não ter condições de pagar, foi cedido caixão de madeira com tampa de papelão; assunto repercutiu na Câmara, que pedirá reunião com funerárias
Karolline Bianconi
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Quem não tem condições de pagar por serviços funerários (desde a preparação do corpo, velório e enterro), pode solicitar que os trabalhos sejam gratuitos. Entretanto, o que foi oferecido para duas famílias da cidade, em menos de uma semana, não agradou os parentes.
Na semana passada, uma família perdeu dois entes queridos. Em ambos os casos, não existiam condições deles pagarem os serviços: no primeiro, um empresário arcou com as despesas; já no de outro, ao saberem sobre o serviço gratuito por parte da funerária, optaram por parcelar a dívida e pagarem juntos.
Na manhã de segunda-feira, a família de Maria Ivonete de Fátima Ruis Alves, 48 anos, estava indignada com o caixão cedido por uma funerária da cidade para realizar o trabalho. Inconformados com a situação, comunicaram o secretário de Direitos Humanos, Emerson Pereira. Segundo familiares, o caixão era simples: de madeira, apresentando rachaduras; o forro semelhante a MDF e a tampa de papelão. Como precisou ser lacrado, apenas um prego segurava a tampa, mas ao ser forçado, era possível abri-lo.