Fazendo um parâmetro entre os parlamentares de antigamente, a partir do governo Floriano Peixoto, já que seu antecessor não pôde concluir o mandato, Marechal Deodoro da Fonseca, a diferença de postura e credibilidade daqueles parlamentares, comparada a uma boa parte dos atuais que atua no Congresso Nacional, é simplesmente gigantesca.
Sempre que sintonizamos a TV Globo e outras emissoras, assistimos a fatos que envolvem um exército de parlamentares envolvido na Operação Lava Jato, aumentando cada vez mais as denúncias e que desde há três anos ou pouco mais vêm esquentando o caldeirão, mormente com as últimas decisões do ministro Luiz Edson Fachin.
Fachin, no cumprimento de suas funções, não optou por outro caminho senão este de apurar irregularidades, onde autorizou a abertura de 76 inquéritos solicitados pela Procuradoria-Geral da República, acrescentando a este aspecto o fato de que os inquéritos já ultrapassaram a soma de mais de 100 casos comprometedores.
Importante salientar nesta oportunidade que são 195 investigados com possibilidade de ultrapassar a soma dos 200, à medida em que outras situações se apresentem e venham à tona, para consolidar o ponto em que chegou os procedimentos pouco recomendados daqueles que representam o povo nas duas casas de lei: Câmara e Senado.
Marcelo Odebricht foi muito claro, através da revista Veja, em sua edição de 8 de março de 2.017, que houve caixa dois por ocasião da campanha presidencial de 2.014, um dinheiro contaminado por vírus e que está sendo alvo de fazer com que haja uma tomada de posição pela autoridade competente e que surtam efeitos positivos, no sentido de clarear com eficiência esta missão.
Não há expectativa na opinião das pessoas de bem de que a política passe por uma transformação capaz de fazer com que o eleitor volte a ter confiança naqueles em quem depositar seu voto, já que o modelo político atual está à beira do caos e de uma situação insustentável, que precisa de uma mobilização ou manifestação de ruas, visando reprimir alguns políticos que atuam no Congresso Nacional.
Apesar de que pouco adiantariam essas movimentações se muitos dos nossos representantes estão mergulhados neste hábito de procedimentos irregulares, não mudam suas ideias de se transformar em brasileiros autênticos, respeitando o erário público, atentando para os verdadeiros interesses da Nação, dando uma demonstração à sociedade e à própria comunidade sobre o caminho a ser trilhado em defesa da dignidade e do bem-estar da vida pública.
Difícil acreditar em uma transformação, levando-se em consideração o fato de que uma das maiores empresas do país mantinha em seus departamentos um setor destinado à distribuição de propinas, que rolou milhões à campanha de alguns postulantes a cargo máximo de conduzir o país, graças ao direito de imprensa e da mídia em divulgar tal procedimento.
Verdade é que se desencadeia uma das piores crises na política e que repercute negativamente la fora perante alguns países, que acompanham o desenrolar de toda esta emaranhada situação e que não há uma perspectiva absoluta e sólida, para que certos hábitos entrem no eixo da moralidade, porque o número de parlamentares envolvidos nesta questão ultrapassou os limites, inclusive as fronteiras, as mais longínquas que se possa imaginar.
Em um país com tantas irregularidades ninguém se arrisca a acreditar em uma revolução constituída de homens dignos, que estejam dispostos à luta pelo sucesso de nossa grandeza, porém, sempre há uma esperança, mesmo remota, no sentido de modernizar o quadro político do Brasil.